15 DE MAIO EM DOURADOS: SE ANUNCIA A REBELIÃO!

O dia 15 de Maio em Dourados, dia de paralisação nacional em defesa da educação, amanheceu com barricadas de pneus em chamas na rodovia Guaicurus, ponto de acesso para Universidade e outros municípios da região. Ainda na madrugada, um grupo anônimo reivindicou a construção da Greve Geral na educação a partir do bloqueio, anunciando as lutas que tomariam o centro da cidade na sequência dos acontecimentos.

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A partir das 8h da manhã, no centro da cidade, teve início uma das maiores mobilizações já realizadas em Dourados, com milhares de pessoas ocupando as ruas na luta contra os cortes anunciados pelo governo federal contra a educação, que já somam 7,9 bilhões de reais. Importante lembrar que, logo após o anúncio dos cortes, enquanto a Ibovespa fechava em queda, as grandes empresas privadas da educação fecharam seus índices na bolsa de valores com altas de mais de 5%.

A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) será uma das mais afetadas com os cortes, com 30% do seu orçamento total comprometido. A UFGD, entre outras características, conta com os cursos de licenciatura indígena (Teko Arandu) e licenciatura de educação no campo (Leduc), com ampla presença de indígenas e camponeses da região, sendo espaços de fundamental importância para sua formação teórica e política. São cursos diretamente ameaçados pelos cortes. Além disso, o Hospital Universitário teve um corte de 62% do orçamento total. O Ensino, Pesquisa e Extensão na UFGD, em conjunto com a permanência estudantil, as bolsas, e principalmente os trabalhadores e trabalhadoras terceirizados, assim como a manutenção e execução de obras, estão em risco direto, na mira do governo. As trabalhadoras e trabalhadores do Restaurante Universitário relatam jornadas extenuantes, por vezes atingindo 10h diárias, e a empresa Prato Certo com frequência atrasa o pagamento dos funcionários. O atraso mais recente chegou a 2 meses. Muitos trabalhadores não recebem nem mesmo o FGTS e há um regime de trabalho intermitente que reduz os salários muito abaixo do salário mínimo, chegando em até R$ 600,00 mensais para alguns. Os/as trabalhadores/as do R.U vem sofrendo terrorismo psicológico para que não denunciem a superexploração de sua força de trabalho, mas o terrorismo não vence a solidariedade de classe.

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Diante disso, a partir de assembleia geral com ampla participação estudantil na UFGD, a Frente Autônoma Estudantil (FAE), em conjunto com a RECC/FOB-MS e a União Estudantil Alvorada do Povo (UE-AP), as quais fazem parte da FAE, decidiu por somar no dia 15 de Maio, através da construção do bloco autônomo e combativo que tomou as ruas e pautou a construção da greve geral insurrecional junto dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, indígenas, camponeses, secundaristas, professores e outras categorias. Atuamos na contramão do peleguismo e do parlamentarismo estudantil, que fizeram mais do mesmo, servindo de camisa de força das lutas radicais. Não iremos recuar, e permaneceremos coerentes na busca de uma ofensiva radical contra o avanço do capital contra a educação.

CONSTRUIR A GREVE GERAL INSURRECIONAL!

CONTRA OS CORTES NA EDUCAÇÃO: LUTA E REVOLUÇÃO!

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