CONSTRUIR A RESISTÊNCIA CLASSISTA!
Os trabalhadores da educação de Redenção-CE iniciam hoje uma importante greve, uma greve por respeito à categoria, condições de trabalho e pela implementação do 1/3 de tempo para planejamento. Num claro desrespeito à lei do piso, a prefeita Selma Marinho/PSB mantém os professores com apenas 1/5 de tempo para planejamento. Reivindicam também a revogação da “deforma da previdência”, que ataca todos os servidores, mas pune especialmente as mulheres com mais tempo de trabalho para ter acesso à aposentadoria.
Os professores de Redenção denunciam que vem sofrendo perseguições e intimidações, entre elas, a demora na publicação dos atos de estabilidade de diversos companheiros do concurso de 2021. Atrasar tais publicações ocasionam estresse nos companheiros e prejuízos financeiros. É inadmissível! No entanto, enfrentam esses ataques com a cabeça erguida e com disposição de lutar por seus direitos e por condições de ensino-trabalho.

O “bê a bá” da luta sindical
Após a convocação de diversos servidores no começo desta década e percebendo um enfraquecimento de seu sindicato, estes novos servidores iniciaram uma campanha de filiação ao Sinsempre, reforçado seu sindicato. O resultado foram dezenas de novas filiações desde a metade de 2024 para cá.
Tal processo culminou este ano com a prefeita, Selma Benevides/PSB, convocando uma reunião extraoficial com as professoras e professores da rede. Trabalhando como se ainda estivesse em campanha, a fala da prefeita foi de convencer a categoria a confiar nela que “tudo iria melhorar”. Apesar da presença de mais de 150 professores, os mesmos reivindicaram a presença da representação sindical que está sendo levada pela base da categoria, à luta e à greve.
De lá para cá, a categoria vem sendo amedrontada com ameaças de remoções para a zona rural do município, deixando mais caro o deslocamento ou mesmo inviabilizando, visto que muitos não tem condução. Vemos que independentemente da cor do partido no governo, a perseguição àqueles que lutam é uma permanente. Está claro que quando a categoria tem disposição, o sindicato deve tocar a luta de forma democrática e combativa.
Reforçamos a solidariedade às companheiras e companheiros de Redenção. A primeira cidade do Brasil que s negros escravizados conquistaram a liberdade, não pode tratar assim os trabalhadores da educação!