[RECC-GO] Em Goiás tem escola de luta: a luta dos secundaristas contra os projetos educacionais

por Rede Estudantil Classista e Combativa, sessão Goiás

Secundaristas estendem faixa contra projeto de terceirização em Anápolis, Goiás

Os projetos da atual gerencia do estado (PSDB) para educação tem sido a de militarização e terceirização via Organizações Sociais (OS’s). Estes projetos segundo o governo seriam uma forma de resolver os inúmeros problemas que estão acontecendo nas escolas públicas, dentre estes problemas estão: a falta de segurança no ambiente escolar, a falta de rendimento esperado dos alunos e professores. Tais medidas que estão sendo realizadas pelo poder público não resolvem os atuais problemas colocados, pelo contrário essas ações irão criar ainda mais obstáculos para um ensino público de qualidade.

Militarização das escolas

Protesto de estudantes e professores em Goiânia (dez/15)

O projeto de militarização das escolas públicas pretende chegar até o final de 2015 ao numero de 43 escolas cuja gestão estaria a cargo dos militares. Essas medidas além de dificultar aos alunos de baixa renda a terem acesso a escolas próximas de suas casas (pois é requerida ao aluno uma taxa de mensalidade, além de compra de uniformes e livros), a forma de organização interna autoritária sem nenhum compromisso em resgatar o aluno que tem problemas disciplinares preferindo expulsar o aluno ao invés de investir em práticas pedagógicas que realmente envolvam o estudante com a comunidade escolar.

A militarização também coloca uma problemática muito grande ao deixar administração da escola a cargo da Polícia Militar em linhas gerais uma instituição preconceituosa racista e historicamente assassina da classe trabalhadora influenciaria nos métodos pedagógicos, a maneira de ensinar e o que ensinar das escolas públicas onde a maioria dos alunos são as futuras vítimas desses agentes do estado. A militarização estaria além da repressão ideológica, impondo a disciplina militar a ideia de manter a ordem social como está dada.

Terceirização maquiada (OS)

Protesto em Goiânia contra as OS e militarização (dez/15)

No meio dos “grandiosos” projetos do governo para a educação esta a transferência de mais de 340 escolas para organizações sociais (OS’s) administrarem, a educação pública enfrentará os mesmos problemas que a saúde já vem enfrentando. No âmbito da educação, as OS’s irão intensificar a fragilidade já existente na carreira docente, ou seja, piorar ainda mais as condições dos trabalhadores da educação e tenhamos certeza de que isso irá se refletir diretamente nas salas de aula. Sob gerência da OS, a escola perde a autonomia, passando então a intensificar a lógica tecnicista e meritocrática do ensino público.

Atualmente, a única OS “qualificada” levanta muitas suspeitas e revela os interesses escusos dos capitalistas. Seu presidente, que também é vice presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), tem relações diretas com o governador e tem seu passado manchado por suspeita de fraude em licitação, e este mesmo senhor cujo nome é Antônio de Sousa Almeida escreve rotineiramente ao Diário da Manhã, o mesmo jornal que está de forma descarada criminalizando as ocupações dos estudantes para blindar o governo.

Solução é a ação política direta e combatividade

Os estudantes goianos assim como os secundaristas de São Paulo acertaram em suas ações ao adotarem o método da ocupação das escolas para dizer não aos ataques feitos pelo Estado. As próximas medidas a se tomar é radicalizar ainda mais a luta ocupando o chão de cada escola de Goiás e fazendo atos combativos nas ruas.

Para que isso aconteça se faz necessário uma articulação entre todas as escolas ocupadas para que se tenha uma unidade política e de ação e que assim nenhuma ocupação fique isolada. Em médio prazo existe a missão de construir grêmios estudantis combativos que rechacem os Office boys do governo (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES) que se organizem de forma não burocrática e de maneira autônoma frente ao governo.

O Estado vem quente, os estudantes fervem!
Avante estudantes, essa treta é nossa, para as ocupações e barricadas!

Para mais informações, acompanhe:

Secundaristas em Luta GO

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