Trabalhadores reagem ao ajuste fiscal
O mês de fevereiro na cidade de Fortaleza e Região Metropolitana está sendo marcado por uma série de mobilizações sindicais e populares. Entre elas, atividades de professores da Rede Municipal de Fortaleza, Maracanaú e Caucaia; servidores da saúde municipal, especificamente dentistas e enfermeiras/os; setores do proletariado marginal, como trabalhadores terceirizados/as da limpeza do Hospital de Messejana e operadores de telemarketing da empresa Contax.
O que há em comum nas revindicações dessas categorias é: o atraso nos pagamentos, ajuste salarial, falta de insumos, más condições de trabalho e privatização dos serviços públicos. Vale ressaltar que a maioria desses trabalhadores são mulheres, o que indica a face feminina da precarização e superexploração do trabalho.
O lucro dos bancos e empreiteiras aumenta e o ajuste fiscal do PT/PMDB juntos com a gestão municipal do PROS, retira recursos dos serviços públicos e degrada as condições de vida do povo. Exemplo disso é a remoção de 40 famílias do bairro Presidente Kennedy para dar lugar a construção de mais um megaempreendimento, o Shopping Rio Mar.
Mais uma chacina de jovens negros e pobres
Após a morte de um policial no Bairro Pici, grupos de extermínio ligados à polícia realizaram mais uma chacina de caráter racista. Entre os bairros Pici, Messejana, Barra do Ceará, Elery, Jardim Iracema e Antônio Bezerra, foram registrados 20 assassinatos de jovens negros e pobres. Tal chacina, foi mal divulgada pela mídia dos ricos. Assim como a chacina de novembro de 2015 em Messejana, que registrou “oficialmente” 13 mortes e permanece sem punição pela justiça burguesa.
Em uma pesquisa recente, Fortaleza aparece como a cidade mais violenta do Brasil e a 12º do mundo. A política do Estado e dos ricos para a juventude pobre e negra das periferias continua sendo segregação, encarceramento e extermínio.
Destruir as burocracias e construir a greve geral
Esse cenário mostra uma série de lutas defensivas do povo por direitos básicos como saúde, moradia, trabalho e educação. O governo PT/PMDB atrelado a gestões municipais como a do PROS, massacram os direitos do povo trabalhador.
As correntes governistas e paragovernistas que dirigem sindicatos e associações de moradores não conseguem travar uma luta em defesa desses direitos, pois se encontram atreladas ao governo e às burocracias do movimento sindical e popular.
É necessário construir oposições por local de estudo, trabalho e moradia, combater as burocracias que paralisam as lutas e unificar as pautas do povo na construção da greve geral.
Barrar o ajuste fiscal com greve geral!
Construir o sindicalismo revolucionário!
Todo poder ao povo!