[FOB-DF] Chega de machismo: pela Autodefesa Feminina

por Fórum de Oposições pela Base, FOB seção DF

Participe desta campanha, conheça a proposta dos Comitês de Autodefesa das Mulheres. Imprima e cole cartazes em sua escola, bairro e trabalho. Divulgue nas redes sociais!

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Não à violência contra as mulheres! Chega de machismo, pela autodefesa feminina!

A violência contra mulheres no Brasil é uma realidade alarmante. De acordo com a própria ONU (Organização das Nações Unidas), ocupamos o 5º lugar no cruel ranking de feminicídio no mundo. No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres. Em 2015, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.

Na mesma década, foi registrado um aumento de 190,9% de vítimas negras, índice que resulta da relação entre as taxas de mortalidade branca e negra. Para o mesmo período, a quantidade anual de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, saindo de 1.747 em 2003 para 1.576 em 2013. Do total de feminicídios registrados em 2013, 33,2% dos homicidas eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas.

Segundo dados do Dossiê Violência contra as Mulheres, o Brasil registra:

  • 5 espancamentos a cada 2 minutos;
  • 179 relatos de agressão por dia;
  • 1 feminicídio a cada 90 minutos;
  • 1 estupro a cada 11 minutos;

A luta contra o machismo a partir da Autodefesa Feminina

Atentos à violência contra as mulheres, fortemente presentes no ambiente doméstico e locais de trabalho, o Fórum de Oposições pela Base (FOB) lançou a palavra de ordem de construir comitês de autodefesa das mulheres em todo Brasil. Esta palavra de ordem partiu em 2013 do 1º ENOPES – Encontro Nacional de Oposições Populares, Estudantis e Sindicais

Desde então, a construção de Comitês de Autodefesa das Mulheres alcançou significativo êxito, com iniciativas que partiram da militância do FOB e contou com adesão de outras organizações e ativistas. Algumas destas experiências estão localizadas em Campo Grande/MS, Seropédica/RJ, Marília/SP, Fortaleza/CE e Recife/PE.

Multiplicar estas experiências e dar um salto na aliança destes Comitês no Brasil é uma demanda urgente das mulheres: uma questão de vida ou morte. O gravíssimo caso de estupro coletivo recentemente ocorrido no Rio de Janeiro chamou a atenção da opinião pública, e o machismo institucionalizado nas Delegacias Policiais, grande imprensa e nos lares brasileiros aponta que é preciso uma saída autônoma das mulheres. Infelizmente casos como estão não são isolados. A cultura do estupro hoje presente na sociedade tende a normalizar e culpabilizar as mulheres vitimadas, ao mesmo tempo que as querem como seres dóceis  incapazes de reação.

As instituições burguesas e estatais não são capazes de proteger e apresentar alternativa de emancipação e liberdade às mulheres. É preciso dar um basta nessa situação, e a autodefesa feminina é um passo para a emancipação, pois deve fornecer condições de fortalecimento moral, físico e político individual e coletivo da luta das mulheres nos seus locais de trabalho, estudo e moradia.

As contradições da sociedade capitalista e a luta contra as opressões

As contradições objetivas existentes na sociedade capitalista condicionam as tarefas de luta e organização. O proletariado não é e nunca foi homogêneo e nem se resume a um proletariado industrial. Do ponto de vista da classe, existe um núcleo de contradições que devem ser resolvidas para que todas as demais sejam: é a questão política e econômica, ou seja, a contradição de classes (Capital X Trabalho) e a contradição Estado-sociedade.

Mas tomando esse núcleo de contradições, é preciso enfrentar prática e teoricamente todas as demais. Em primeiro lugar, pois as demais contradições (campo/cidade, centro/periferia, opressões e discriminações, trabalho manual/trabalho intelectual, étnicas, culturais, nacionais, gênero/sexo etc.) estão perpassadas pelas contradições de classe, de modo que não se pode resolver a contradição de classe “em si”, como um fenômeno puro, pois na realidade concreta ela está fundida com as demais contradições.

Em segundo lugar, estas contradições são objetos de ação e estratégia da política burguesa e de dominação, e sem enfrentá-las ficamos reféns das abordagens burguesas, sem dar soluções autônomas nem para as contradições particulares nem para as gerais.

É no fuzil, é na peixeira, vamos montar um batalhão de guerrilheiras!
A luta do povo é a luta da mulher. E a luta da mulher é a luta do povo!
Da linha de frente ninguém me tira!

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