Por Aliança Classista Sindical (ACS)
A classe trabalhadora e as/os estudantes encontram-se sob uma grande ofensiva burguesa, na forma do Ajuste Fiscal do Governo Temer. O Ajuste Fiscal está sendo imposto pelo Governo Federal a partir do PLC 54/16 (antigo PL 257) e pela “PEC do Fim do Mundo”, a PEC 241. Esse projeto de lei e esse projeto de emenda constitucional representam o corte drástico nos investimentos públicos em saúde, educação, cultura,
assistência social, previdência, ou seja, em todos os setores fundamentais para trabalhadoras, trabalhadores e estudantes.
Na Educação os ataques do Governo Federal ainda são representados de Medida Provisória do Ensino Médio (MP 746/16), que reduz, na prática, os currículos escolares em três disciplinas obrigatórias: Português, Matemática e Inglês. Isso é o primeiro
passo para a privatização da Educação Pública, pois o Governo irá impor a gestão das OSs nas escolas. Diante dessa ofensiva, trabalhadoras, trabalhadores e estudantes começam a organizar sua resistência. As servidoras e os servidores da educação
do Paraná estão em greve, as/os estudantes paranaenses já ocupam cerca de 600 escolas. As redes municipais de Angra dos Reis e Duque de Caxias
estão em greve. A Rede Federal de Ensino encontra-se em mobilização, com greves deflagradas e Institutos Federais ocupados pelas e pelos estudantes.
As pautas são as mesmas, contra o Ajuste Fiscal, contra a MP do Ensino Médio, em defesa dos serviços públicos e pela garantia dos salários e direitos trabalhistas e estudantis.
É o momento de construção da greve geral! As greves se complementam, se fortalecem, se unem as ocupações, tomam as ruas! Trabalhadoras, trabalhadores e estudantes tem se revoltado e resistido aos ataques contras nossos direitos!
O QUE É A GREVE GERAL?
A greve geral é um instrumento histórico da classe trabalhadora na luta pelos seus direitos. É um instrumento que rompe com o corporativismo e com o isolamento das categorias, pois permite a luta conjunta de todos os setores.
Sempre que o Estado e a burguesia promovem ofensivas contra os direitos das trabalhadoras e trabalhadores, a classe converge suas lutas em greve geral. As pautas são as mesmas, as mobilizações são conjuntas, as greves são deflagradas nas bases das diversas categorias, trabalhadoras, trabalhadores e estudantes se unem na luta por
reivindicações comuns, como a luta contra o ajuste fiscal, contra o genocídio do povo negro e indígena e por terra e liberdade.
Portanto, a greve geral é construída pela base, ou seja, de baixo para cima, nos locais de trabalho, nas escolas, nas universidades, nas ocupações, nos bairros, favelas e periferias.
A greve geral não é tutelada pelas burocracias sindicais, afastadas da base e presas ao corporativismo, nem se resume a um dia de “desfile cívico”. Muito pelo contrário, a greve geral é a concretização da luta coletiva das trabalhadoras, dos trabalhadores e estudantes, é o movimento que se organiza pela base, rompendo o isolamento e assumindo a forma de uma resistência de massa. É a classe trabalhadora e os estudantes assumindo o protagonismo das suas lutas.
O movimento em curso hoje no Brasil, realizado por professores, servidoras e servidores públicos e estudantes contra o Ajuste Fiscal, é o início da greve geral! A conjuntura exige a unificação das lutas e das greves, como a etapa fundamental na deflagração da nossa greve geral!
Greve Geral, contra o Ajuste Fiscal!
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