Nós, trabalhadoras e trabalhadores da Educação do Distrito Federal, iremos nos reunir na próxima terça-feira (23/04), às 19h, na UnB, para debater qual a tática mais adequada frente a eleição do Sindicato dos Professores (SINPRO). O objetivo da Plenária é avançar na articulação de um setor cada vez mais expressivo de professoras e professores combativos que estão fartos da burocratização e do oportunismo eleitoral da atual diretoria do SINPRO, mas que também identificam a reprodução de práticas burocráticas na oposição do Psol/Pstu.
Nós professores/as estamos amargando quase cinco anos de congelamento salarial, profundamente corroídos pela inflação. Junta-se a isso as escolas sucateadas e com pouca verba, as salas superlotadas, o acúmulo de tarefas, a perseguição política e pressão psicológica à nossa profissão, Reforma da Previdência e militarização. O resultado tem sido o adoecimento, desgaste físico e emocional e a falta de perspectiva para toda a categoria. Isso precisa mudar!
Todo esse cenário não está desvinculado do sindicalismo. Seja a nível nacional ou distrital o que temos visto é que a perda dos nossos direitos está diretamente relacionada com a perda da capacidade de mobilização e enfrentamento dos movimentos sindicais e populares. Está evidente que o atual modelo de sindicalismo de Estado está em crise e não atende as necessidades da classe trabalhadora. O exemplo mais claro disso é o Sinpro, que, apesar de uma importante história de lutas, tem se afundado na burocratização, falta de democracia, incompetência e no peleguismo sindical.
Infelizmente, alguns setores de oposição ao Sinpro não questionam a fundo a estrutura burocrática desse tipo de sindicalismo, buscam unicamente se candidatar como “melhores gestores” para resolver a “crise de direção”. Pretendem vencer a eleição a qualquer custo, sem alterar as regras sujas do jogo. Acabam atuando sob as regras e manobras antidemocráticas dos seus adversários, amargando humilhações, derrotas e avanços mínimos. E é por isso que, infelizmente, essa oposição depois de décadas de atuação não criou nada de significativamente novo em nossa categoria.
É preciso avançar para uma nova prática sindical e de mobilização popular das/os trabalhadoras/es da Educação: com autonomia (em relação a partidos, governos, empresas), democracia direta, organização por local de trabalho e por bairros (com poder real de decisão!), rotatividade nos cargos de diretoria (sem exceções, sem privilegiados!), ação direta (sem nutrir ilusões com o parlamento ou governos), e um programa de lutas não-corporativista (unindo aos demais trabalhadores da rede privada, superior, técnica, bem como temporários, terceirizados). A eleição do Sinpro, apesar de não ser a centralidade para construir essa nova prática, representa um momento importante de apresentação de projetos para a categoria, seja através de chapas, debates, etc. Por isso a importância da presença de cada um/a de nós na Plenária Autônoma!
Venha participar, debater e construir as alternativas junto com a gente!
Reorganizar o Sinpro pela democracia, autonomia e combatividade!
Ninguém fará a mudança por você!
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