PERIFERIA RESISTE! DITADURA NINCA MAIS!
Na noite de 27 de março, na cidade de Panaltina-DF, no skate park (Praça dos Estudantes), os integrantes do CCL (Comitê de Cultura e Luta) realizaram na cidade o Sarau “Memória e Resistência”.
O sarau visava recordar na memória dos estudantes e moradores o dia 28 de março, Dia Nacional de Luta dos Estudates. A data é uma homenagem ao secundarista Edson Luís que foi assassinado pela ditadura militar em 1968 em um protesto no restaurante Calabouço no Rio de Janeiro por reivindicar melhorias na alimentação. Além do Sarau, diversas atividades de agitação, propaganda e organização foram realizadas em Planaltina com estudantes, professores e moradores.
No Sarau “Memória e Resistência” tivemos a oportunidade de abrir espaços para manifestações culturais, como apresentações de estudantes com grupos de dança de rua. Hove também apresentações musicais de moradores de Planaltina e de outras cidades como Sobradinho, distribuição de jornais e panfletos, impressão de estêncil, apresentações de músicas autorais, improvisos de rap, danças de rua, exposição de fotos de mártires da luta contra a ditadura, além das apresentações de poesias etc.
Houve uma boa participação de joves skatistas e de outras subculturas urbanas. O evento foi marcado pela diversidade cultural, pelo combate às diversas formas de discriminação (a crítica ao machismo, racismo, homofobia) e pelo incentivo à politização da resistência cotidiana e coletiva da juventude.
O espaço foi muito bem apreciado e elogiados por todos. Alguns jovens colocaram a nessecidade de espaços como aquele acontecerem mais vezes na cidade. Dai podemos ver a importância de ocupar os espaços culturais subutilizados, que hoje em dia vem servindo para pontos de tráfico de drogas e foco de violencia urbana.
Desde já agradecemos a todos que puderam estar presente e aqueles que ajudaram para que o Sarau se realizase. Muitos eventos de resistência ainda estão por vim.
Confirma abaixo algumas fotos e em breve alguns vídeos do Sarau!
O QUE É O COMITÊ DE CULTURA E LUTA?
O CCL PLANALTINA – DF surge através da iniciataiva de estudantes/moradores da cidade, que entendem a nessecidade da construção de uma organização independente de partidos eleitoreiros e da administração e da luta pela melhoria da condições de vida da comunidade. O CCL pretende se organizar junto ao movimento estudantil, sindical e popular.
A desigualdade social não só em nosso país como no mundo é cada vez mais presente nos setores de periferia, e em Planaltina não é diferente. Temos diverssos problemas que a anos são deixado de lado, como o da violência urbana, tráfico de drogas, o desemprego ou subemprego da juventude, o transporte público, o acesso a educação e moradia, saneamento básico sem contar o eterno problema de falta de estrutura nos hopitais públicos, como o HRP (Hospital Regional de Planaltina).
Portanto o CCL não visa apenas organizar eventos culturais por si só, mais também chamar a importância do debate dessas pautas reivindicativas que a décadas se arrastam com a ilusão de que o “próximo governador/administrador sera diferente”. Não podemos ficar esperando por partidos e governos corruptos para conseguir uma real mundança social em nossos locais de moradia, trabalho e estudo. É preciso impulsionar e disseminar uma cultura de luta, e é isso que nos propomos a fazer.
Tivemos o exemplo das Jornadas de Junho de 2013 que estudantes junto com trabalhadores e professores foram as ruas e reivindicaram contra o aumento da passagem e contra a repressão policial em todo pais, por melhores condições de vida. É fundamental que criemos na periferia uma consciência de classe, saber que existe uma classe dominante e uma classe dominada, e nos solidarizarmos e lutarmos junto “aos de baixo”. O trabalhador/estudante tem uma arma crucial na mão e deve saber usa-la, essa arma se chama “capacidade de auto organização”.
Não podemos mais ficar assistido nossos jovens negros e negras da periferia sendo vítima do tráfico de drogas e vitimas das chacinas da PM e outros orgãos opressores do Estado. É preciso através da mobilização e da luta levar essa consciência para nossos irmãos de classe! Enquanto o próprio morador da periferia aceitar o fato de que “bandido bom é bandido morto” os verdadeiros bandidos de colarinho branco continuarão ataundo dentro no Estado e nas empresas capitalistas, continuarão nos explorando e nos recompensando com migalhas! Enquanto o/a morador da periferia continuar acahando que a mulher é inferior ao homem, o número de casos de agressões opressões de gênero continuara subindo, assim como a violência contra os/as LGBTs (lésbicas, gays, bisexuais e transsexuais)!
O/A pobre negro da periferia tem que lutar pelos seus direitos sociais, que é ter acesso aos espaços de cultura, bem como skate parks ,quadras cobertas nas escolas, áreas de lazer, emprego, saúde etc. O morador da periferia não pode se contentar em esperar por muitas horas até dias para ser atendido em hospital publico; temos que entender que o proplema do tráfico de drogas é um problema social, e não uma questão de mais policiamento nas periferias; não podemos ir e voltar do trabalho/estudo em ônibus super lotados em situações desumanas, pois o rico não precisa de tranporte público e se nós precisamos cabe a nós mesmos lutar para que ele seja de qualidade e de livre acesso; não podemos nos conformar com a falta de saneamento básico em sua rua/bairro. Pois se a razão desses problemas são os diversos governos e capitalistas, a solução não virá deles, e então a responsabilidade de lutar para reverter esse quadro é NOSSA! A partir do momento em que não nos mobilizarmos, tabem estamos nos resposnssabilizando para que continuae tudo o mesmo caos.
Chega de achar que é assim mesmo e que nunca vai mudar! Que o pobre estar condenado a sofrer a não ser que estude, mas como se não temos um acesso digno ao conhecimento? É preciso se organizar, por locais de estudo, trabalho e moradia, pois as nosssas conquistas só virão atraves das nosssas ações. POR ISSO O GRITO DA PERIFERIA DEVE SER: CHEGA DE ILUSÃO!! É HORA DE AÇÃO!
Conheça o CCL – Comitê de Cultura e Luta
comitedeculturaeluta@gmail.com
Parabéns pela força e resistência molecada. Hip Hop, punks e artistas unid@s em resistência. Compreendo seu apartidarismo como fase de lutas mas saibam que o sistema continua sendo representativo e presidencialista e neste momento estamos em plena luta pra minimizar o poder do capital dentro do sistema, derrubar como seria o sonho de alguns não vai rolar sem muito mais desgraça e cataclisma, então sinceramente sugiro avaliem como intervir e resistir de forma o mais consistente possível. Mas reitero desejo de mais luta e mais força no movimento popular, buscando entender quem de fato é o inimigo…
Valeu irmão! Tamo junto!
Mas vamo relembrar uma parada, o movimento não se diz apartidário. Nem estamos numa “fase”, como se fôssemos “evoluir”. É pejorativo pensar assim. A crítica a cada partido é feita de forma programática. Sabemos da atuação e modus operandi de cada qual em cada espaço nesse país, seja no parlamento, nas eleições, nos sindicatos etc. Mas a crítica geral ao eleitoralismo é feita sim. Desse jogo todos participam, e o resultado é só ilusão do povo. O representante que substitui o povo em sua luta, não pode dar força pra movimentos contestatórios. Muito menos para os que querem barrar o poder do capital dentro do sistema. Primeiro, pois o sistema político estatal e o sistema econômico capitalista são irmãos siameses, onde um depende do outro. Não se combate o poder do capital participando da casa de tem por principio constitucional proteger a propriedade privada, irmão. O estado mantém o poder do capital e necessita dele, logo não será pelas vias do estado (dos partidos oficiais e regras eleitorais e parlamentares) que barraremos este avanço. O proprio PT, que tem a maior retorica de ser representante popular no Brasil, é hoje o partido que mais recebe verba privada em suas campanhas eleitorais. Hora, será que podemos contar então com o PT? Se é fato que quem paga a banda escolhe a música, estamos fora dessa! A luta do CCL/FOB é pela base, na autoorganização da periferia e com os métodos da ação direta.
Mão estendida aos irmãos de classe! Punho cerrado contra os inimigos dos trabalhadores!!!