Atos em pelo menos 20 capitais e outros municípios marcaram o 7 de junho. Os protestos focaram principalmente contra a escalada autoritária e fascista do governo Bolsonaro e o racismo, que de forma velada ou aberta assassina cotidianamente pessoas negras e não param sequer diante da pandemia.
Os protestos ocorrem enquanto boa parte da população não tem a opção de fazer isolamento social. Com a reabertura do comércio em muitos estados do Brasil, pessoas estão obrigadas a enfrentar ambientes aglomerados como transporte coletivo e locais de trabalho e sem que os governos e patrões garantam condições de saúde, trabalho e renda à população trabalhadora; ao mesmo tempo em que bolsonaristas pedem pela reabertura do comércio e clamam por um regime militarista; enquanto nos EUA, explodem protestos contra o assassinado de George Floyd que se irradiam mundo afora; e o Brasil se lança como país com maior número de casos de covid-19 no globo.
Organizações de base da FOB estiveram presentes em vários destes atos, orientados por políticas de biossegurança, reivindicando pelo Fora Bolsonaro e Mourão e por pautas imediatas de sorevivência (renda, saúde, trabalho, teto), ao mesmo tempo em que criticaram os limites da democracia apontando o horizonte de Todo Poder ao Povo como forma de autogoverno. Confira fotos e relatos.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro o ato antirracista reunião uma multidão sob a palavra de ordem “Vidas Negras Importam!”. O protesto contra o genocídio do povo negro foi protanizado pela juventude negra, favelada e periférica. O SIGA-RJ contribuiu com a convocação e participou da manifestação com a faixa “Chega de Escravidão”. Também é importante que durante a semana passada ocorreram atos antirracista nas cidades de São Gonçalo, periferia da Região Metropolitana, e Cabo Frio, Região dos Lagos.
Goiás
São Paulo
Em São Paulo, apesar da tentativa de cooptação e de desmobilização por parte de políticos oportunistas, manifestantes mantiverem vivas e combativas as pautas antifascistas e antirracistas e desafiaram as proibições judiciais, e foram atacados brutalmente por mais de quatro mil policiais militares que defendiam os bolsonaristas. Aproximadamente 30 pessoas foram presas.
Juazeiro – Bahia
Santa Catarina
Em Florianópolis, o SIGA-SC fez parte da marcha “Vidas negras importam”, que reuniu diversos grupos progressistas e radicais da Catedral ao pé do morro do Mocotó para, junto da comunidade, lembrar os jovens assassinados pela polícia catarinense nas últimas semanas. O bloco combativo do SIGA entoou palavras de ordem contra a violência policial e pela rebelião popular. Um dos cantos foi “Que democracia? A polícia mata preto/pobre todo dia!”
Ceará
Em Fortaleza, o SIGA-CE compôs a manifestação puxada para a Praça Portugal, reduto dos bolsonaristas. A única manifestação era a antifascista/antirracista. No entanto, a PM de Camilo Santana/PT fechou a praça ainda pela manhã e passou a tarde “dispersando” os manifestantes que chegavam pouco a pouco. Após duas horas da hora marcada a manifestação conseguiu sair. No entanto foi “envelopada” pela PM. Manifestantes foram detidos, e após negociação, conseguiram dispersar os demais sem mais detenções. Em outro ponto a poucos metros um grupo de manifestantes conseguiram ir pra pista denunciar a política genocida de Bolsonaro e o racismo.
Distrito Federal
No DF, o SIGA compôs o ato em que torcidas organizadas e membros de torcidas assumiram a convocação e linha de frente. O protesto ocorreu na Esplanada dos Ministérios sob forte efetivo policial e ao mesmo tempo em que um caminhão de som reunia poucas dezenas de apoiadores bolsonarista. Estimamos que o ato antifascista e antirracista reuniu cerca de 5 mil pessoas. O SIGA-DF agitou palavras de ordem por auxílio emergencial, contra o racismo e o terrorismo de Estado. Ao fim do ato, uma bandeira dos EUA foi queimada aos gritos de “Bolsonaro, seu terrorista, tu é capacho do governo imperialista!”
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