Boletim ORC 05/24: Nas eleições do Sindiute, vote na Chapa 2 – Oposição pela Base.

Boletim ORC 05/24: Nas eleições do Sindiute, vote na Chapa 2 – Oposição pela Base.

Apesar da surpresa da antecipação das eleições do Sindiute, setores da base da categoria e grupos organizados conseguiram dialogar e estabelecer um programa de unidade para ser apresentado e debatido com a categoria. É preciso que esse grupo permaneça organizado após as eleições sindicais, independente do resultado das eleições para fiscalizar e questionar a direção sindical.

NAS ELEIÇÕES DO SINDIUTE, VOTE CHAPA 2!

Após quatro anos, a categoria de trabalhadoras/es da educação do Ceará voltam as urnas para eleger sua nova direção sindical. Porém, esse processo não foi nem está sendo feito da melhor forma possível e vamos analisar.

As eleições de 2020 foram virtuais por razão da pandemia. Com uma chapa única, ArtSind/CUT e O Trabalho/PT se uniram para gerir o Sindiute até dezembro de 2024. A assembleia que estabeleceu o regimento eleitoral para as eleições de 2024 decidiu por eleição virtual, mas houve a proposta de setores de oposições da base para que o mandato sindical fosse prolongado por mais um ano, de modo a aguardar o processo de vacinação que viria a pôr fim à pandemia. No entanto, a direção sindical conseguiu aprovar as eleições virtuais, levando a sua vitória. Os representantes de escola, em sua ampla maioria, votaram pelas eleições virtuais. Imaginamos que sem debater com seus colegas de escola, o que é um ERRO!

Entendemos que essa decisão é equivocada visto que não existem razões para as eleições sejam neste formato. Além de que muitos colegas já estão tendo dificuldades para realizar seu cadastro no link disponibilizado pelo Sindiute para a realização das eleições.

Reorientar o Sindiute e corrigir seu caminho rumo a independência dos governos

A função que a Chapa 2 cumpre é fundamental para a oxigenação do movimento sindical. A apresentação de pautas que fogem da lógica do sindicalismo oficial tem a função de romper os limites impostos pelo sindicalismo propositivo, da “real politik”, da “política do possível”.

Como sindicalistas revolucionários, nossa perspectiva é de constituir nossa categoria como uma força autônoma ao sindicalismo oficial, ao Estado e ao Capital, para que nossas reivindicações possam diminuir as forças de nossos opositores ao invés de serem assimiladas por eles como ocorre hoje. Assim, exercitamos a “ginástica revolucionária” seja através de lutas diretas ou de disputas com o sindicalismo oficial.

BUROCRACIAS SINDICAIS ATACAM PROFESSORES AO SE SOLIDARIZAREM COM A ANTIDEMOCRÁTICA APEOC/CTB

Diversas entidades sindicais, inclusive o SINDIUTE/CUT se solidarizaram com a APEOC/CTB devido à resposta da categoria a ação antidemocrática dessa entidade. Em geral, entidades ligadas as centrais sindicais reformistas. Essas inúmeras notas de defesa da direção da APEOC-CTB refletem o medo da base que estas direções sindicais tem, o medo de que um dia suas bases reproduzam esse tipo de resposta.

Como resposta, surgiram notas e mais notas de colegiados de professores de escolas da rede estadual se solidarizando com sua própria categoria. Essa resposta é mais importante que as notas das burocracias, pois expressa a solidariedade de classe no seu estado mais puro!
“Façamos nós por nossas mãos tudo o que a nós nos diz respeito”, A Internacional

APRESENTAR A SOLIDARIEDADE COMO ALTERNATIVA

Na paralisação do começo do ano, definimos em assembleia da categoria a realização de paralisações para pressionar a Câmara Municipal para votar os projetos de lei conquistados durante nosso movimento. No entanto, viraram eleições a direção do Sindiute não encaminhou a medida.

Tais projetos de lei versam sobre a CLT para as professoras substitutas, isonomia de direitos entre servidores, independente da época de ingresso, a recriação do cargo de servidores como supervisores e orientadores educacionais, entre outros temas. Estes PLs são importantes pois sua implementação derrota politicamente a PMF e os governos Roberto Cláudio/PDT e Sarto/PDT visto que foi na gestão do primeiro que as substitutas perderam a assinatura de sua carteira de trabalho, e no segundo foi realizada a “minireforma administrativa” tirando direitos de servidores que entrassem no serviço público a partir daquele ano.

Saímos da assembleia de fevereiro com a proposta de realizarmos paralisações mensais, para cobrar e pressionar a assinatura e andamento de tais projetos de lei. Porém, a direção sindical até agora não encaminhou. Essas paralisações são importantes não só para derrotar as administrações de Fortaleza que nos atacaram, mas para reforçar o mais importante espírito da classe trabalhadora, a solidariedade.

O método que entendemos ser o melhor é realizar paralisação mensal na câmara municipal, ocupando-a, obrigando os vereadores a assinarem os projetos de lei que ainda precisam de assinaturas. Por exemplo, em junho pararíamos toda a categoria pela assinatura do PL da carteira da substituta. Em agosto, pelos professores do último concurso que perderam direitos, em setembro, pela recriação dos cargos que apontamos, e assim sucessivamente. Todos os professores parariam, pois, afeta a toda a categoria. Somos uma categoria única, mas com vários segmentos e especificidades. Separados lutamos, mas somos fracos. Unidos somos mais fortes.


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