A Campanha pela Greve Geral é uma construção nacional e unitária reunindo diversas organizações populares, movimentos de luta, coletivos independentes, lutadores e lutadoras do povo de todo o Brasil para impulsionar a mobilização de massas e coordenar a luta combativa, radical e coletiva contra as políticas de morte, o genocídio, a agenda neoliberal e em defesa da vida e dos direitos sociais do povo pobre e da classe trabalhadora brasileira, como alternativa ao imobilismo da esquerda institucional e domesticada, das direções covardes e burocracias das centrais sindicais e entidades oficiais.
Nós, a classe trabalhadora e o povo pobre brasileiro, vivemos uma situação de calamidade. São milhares e milhares de mortes subnotificadas todos os dias por culpa da ganância capitalista e da irresponsabilidade e ingerência do governo federal e dos governos locais diante da pandemia de Covid-19, o avanço a passos largos da fome e da miséria, o maior nível de desemprego da história do país, um auxílio emergencial miserável, o fim do programa de manutenção do emprego, demissões em massa, explosão da inflação e o aumento vertiginoso do custo de vida, avanço das privatizações entreguistas, ataques aos serviços públicos e aos servidores, retirada de direitos dos trabalhadores e a precarização, tragédias e destruição ambiental, despejos desumanos e ilegais, assassinatos e prisões racistas, feminicídios, violência contra o povo negro, camponeses pobres e povos indígenas. Esse cenário catastrófico pode apenas ser revertido com a unidade da luta popular combativa e revolucionária, sem as ilusões vendidas pela esquerda eleitoral e legalista e uma oposição covarde e conciliatória.
A Campanha pela Greve Geral é um espaço de unidade de ação e organização coletiva das lutas contra o governo genocida, militar e neoliberal de Bolsonaro, Mourão, Paulo Guedes e dos generais para impulsionar a rebelião justa e necessária de nosso povo. A Campanha pela Greve Geral é construída nas bases e localmente através dos Comitês pela Greve Geral, que são instâncias de mobilização popular permanente e abertas aos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, aos militantes independentes e de movimentos populares, a juventude combativa e aos estudantes do povo, aos desempregados e desempregadas, aos sindicatos combativos e autônomos, aos camponeses pobres, organizações dos povos indígenas, ativistas das periferias e favelas, as donas de casa, as mulheres do povo, ao povo negro, aos precarizados e todos os lutadores e lutadoras do povo pobre e trabalhador com disposição para organizar a ação direta popular, a propaganda e a agitação de massas e a luta combativa em defesa de nossas vidas e contra o genocídio promovido por esse governo neofascista e pelos capitalistas.
A unidade dos que lutam, a radicalização e os métodos combativos são as respostas necessárias frente à catástrofe e ao avanço do genocídio e da guerra biológica dos capitalistas contra o povo brasileiro, por um lado, e ao imobilismo deliberado das direções conciliadoras e covardes das grandes centrais sindicais e partidos eleitorais, por outro. Os partidos da esquerda institucional sabotam e domesticam as lutas do povo, insistindo na defesa e legitimação das instituições apodrecidas da democracia burguesa, mesmo sob o avanço da gestão da extrema-direita, dos militares saudosistas da ditadura e da agenda ultraliberal que não respeitam nem mesmo as próprias instituições do Estado burguês.
A Campanha pela Greve Geral é um espaço de organização coletiva, luta combativa e antifascista, construída a partir da ação direta, da independência de classe, do anti-imperialismo, da solidariedade e da unidade popular. Os Comitês pela Greve Geral devem coordenar e articular a mobilização de massas baseados na unidade de ação, método pelo qual lutadores e lutadoras do povo atuam conjuntamente, a partir de uma lógica não-sectária e supraideológica, com um programa mínimo comum. O comitê local é parte da campanha nacional pela Greve Geral e aberto para movimentos combativos, organizações de luta e coletivos independentes. Organizam a ação local e podem ser formados mais de um comitê na mesma cidade com diferentes setores populares, desde que orientados pelos mesmos métodos e buscando a coordenação de ações. A Campanha pela Greve Geral é baseada em um calendário nacional de lutas em defesa da vida de nosso povo e contra governos e patrões, para avançar até a Greve Geral e uma rebelião de massas em nosso país.
Convocamos, portanto, todo o povo pobre e trabalhador brasileiro, para:
• Derrotar nas ruas, com greves, barricadas, ocupações e lutas combativas o governo militar e genocida Bolsonaro/Mourão, o Congresso Nacional corrupto, os capitalistas e as oligarquias;
• Pela vacinação imediata de toda a população, com garantia de medidas sanitárias e sociais até a imunização completa contra a Covid-19 no país;
• Por uma renda básica no valor de um salário-mínimo para todos os trabalhadores e famílias pobres; por um amplo programa contra a fome e pela garantia da soberania alimentar para o povo brasileiro;
• Pelo controle e fixação dos preços dos alimentos e itens da cesta básica, assim como, dos combustíveis, do transporte público e das contas de aluguel, energia e água;
• Pelo fim do genocídio do povo negro e pobre nas favelas e periferias, dos ataques aos povos indígenas, quilombolas e ao meio ambiente, dos despejos e violência contra acampamentos e assentamentos camponeses e ocupações sem-teto.
Organizações, coletivos e movimentos que convocam a Campanha Nacional pela Greve Geral:
Alternativa Popular – PR ∙ Casa da Resistência – FOB-BA ∙ Coletivo Baixada Anarquista – RJ ∙ Coletivo Carranca – FOB-BA ∙ Coletivo José Oiticica – ES ∙ Coletivo Lima Barreto – FOB-RN ∙ Federação das Organizações Sindicalistas Revolucionárias do Brasil (FOB) ∙ Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST) ∙ Kasa Invisível – MG ∙ Movimento Autônomo Popular (MAP) ∙ Núcleo FOB-PI ∙ Núcleo FOB-MS ∙ Núcleo FOB-SP ∙ Rede Autônoma de Luta pela Educação (RALE) ∙ Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC-FOB) ∙ Sindicato Independente de Trabalhadores/as (SIT) ∙ Sindicato Geral Autônomo do Ceará – FOB (SIGA-CE) ∙ Sindicato Geral Autônomo do Distrito Federal e Entorno – FOB (SIGA-DFE) ∙ Sindicato Geral Autônomo do Rio de Janeiro – FOB (SIGA-RJ) ∙ Sindicato Geral Autônomo de Santa Catarina – FOB (SIGA-SC) ∙ Tendência Autônoma Feminista (TAF)
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