Comunicado Nacional da FOB | Fortalecer a organização de base, esmagar a extrema direita

Hoje os símbolos dos três poderes da república brasileira foram ocupados pela extrema direita em mais um ensaio golpista. Durante meses e particularmente nas duas últimas semanas essa ação foi articulada pela base social de Bolsonaro (PL), que fugiu para os EUA.

Os grupos que participaram da ação são os mesmos que ficaram, e ainda ficam, nas portas dos quartéis protegidos pelas forças armadas, agora sob a liderança de José Múcio. Por sua vez, a facilidade dos fascistas para entrarem na Esplanada e nos prédios dos poderes foi evidente, contrastando com as mobilizações populares contrárias às reformas da previdência e trabalhista, por exemplo, e mesmo em 17 de junho de 2013.

No entanto, precisamos estar atentos e marcar uma diferença fundamental entre a radicalidade e insurgência das manifestações populares na defesa da emancipação da classe trabalhadora e a violência conservadora da direita desde 2016.

Isso é importante para que não sejamos mais a frente criminalizados pelas ações de resistência da classe trabalhadora. O bolsonarismo e a extrema direita não serão combatidos pelo Estado. A ideia de combater os terroristas fortalecendo o aparato estatal mais cedo ou mais tarde atingirá o povo em luta.

Desde o final do ano passado temos afirmado a necessidade de combater o fascismo nas ruas, e demonstramos como isso deveria ser feito pelo conjunto das forças políticas da classe trabalhadora.

As tarefas continuam a ser:

1) Fortalecer as instâncias de base da classe trabalhadora em seus locais de estudo, trabalho e moradia com agitação, propaganda, ação direta e redes de solidariedade para construção da FOB e do Congresso do Povo;

2) Combater o fascismo dentro do povo, defendendo a política de independência de classe, da greve geral e do boicote eleitoral. Ao mesmo tempo construir movimentos de solidariedade e reivindicativos reais de melhoria da vida do povo;

3) Construção e fortalecimento de frentes antifascistas e a convocação de atos para responder com poder popular a violência da extrema direita golpista.

O principal a ser combatido é a extrema direita e as suas reivindicações e não a ocupação dos centros de poder. Organizar a autodefesa antifascista e construir o poder popular!

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