O 13J foi mais uma data no calendário de mobilizações nacionais contra o governo genocida de Bolsonaro, Mourão e dos Militares. Milhares saíram às ruas para protestar.
Infelizmente, o ato no Rio de Janeiro foi marcado pelo peleguismo das burocracias reformistas e colaboracionistas e pela repressão das forças policiais.
O ato teve concentração na Praça da Igreja da Candelária, Centro da cidade. E, segundo a deliberação da plenária organizativa, deveria permanecer parado. As organizações, partidos e correntes reformistas, PSOL, UP, PSTU, PT, PCdoB, PCB, entre outros, aproveitaram essa decisão para reforçar suas práticas pacifistas e colaboracionistas, fazendo cirandas e campanhas eleitorais.
A Frente Internacionalistas dos Sem Teto (FIST), aprovou, em sua assembleia, seguir até a Central do Brasil, com o objetivo de panfletar e dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras no retorno para casa. Os coletivos que compõem o Bloco Autônomo do Rio de Janeiro decidiram seguir com a FIST, entretanto, ao demorar para sair, se viram cercados pelas forças policiais, que imaginavam que o ato continuaria parado, assim se separam da FIST.
O Bloco Autônomo encontrou como única saída o cruzamento das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco para romper o cordão das forças policiais. Nesse momento, o Bloco convocou os demais manifestantes para ocupar as ruas. O chamado foi atendido, e o ato que ficaria parado na praça da Igreja, saiu da inércia, rompeu o cerco policial e ocupou a Avenida Rio Branco em direção a Câmara Municipal, na Cinelândia.
A burocracia dos partidos e correntes ficaram inconformados, principalmente os dirigentes da UP, com o fato do Bloco Autônomo ter rompido com a inércia do ato. A revolta dos reformistas foi tão grande que chegaram a tentar intimidar e arrancar a faixa do Bloco durante o trajeto da Rio Branco. Mas foram devidamente rechaçados. Assim, os manifestantes seguiram o Bloco Autônomo até a Cinelândia.
No encerramento do protesto, já na escadaria da Câmara Municipal, a PM agrediu covardemente manifestantes com cassetetes, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo ( em um momento é possível ver ao menos 8 policiais encurralando um manifestante e o espancando). Cinco militantes do Bloco Autônomo foram presos, e após isso, a cavalaria da polícia veio em disparada pela Rio Branco atirando diversas bombas de gás. As organizações burocratas, partidos e correntes reformistas não demonstraram qualquer solidariedade de classe e reafirmaram uma postura oportunista e covarde, se retirando do ato mesmo com a detenção de manifestantes.
Os vídeos feitos pelos mídia-ativistas mostram não só a violência policial, mas também gravaram o momento exato em que um PM sobe as escadas da Câmara e agride uma manifestante que estava parada, as gravações também mostram o momento exato em que o mesmo PM se abaixa para pegar alguma coisa no chão para forjar um flagrante.
Por volta das 22h, os advogados populares e militantes autônomos conseguiram sua liberação.
Aqui ficam nítidas nossas tarefas nas ruas, derrotar o Governo fascista e genocida de Bolsonaro, superar as burocracias colaboracionistas, organizar a rebelião e construir a greve geral!
É BARRICADA, GREVE GERAL, AÇÃO DIRETA QUE DERRUBA O CAPITAL!
FIM DAS POLÍCIAS JÁ!
CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO POBRE E PRETO!