por Fórum de Oposições pela Base – FOB, seção DF
Brasília e Entorno, Outubro de 2016 – Edição nº 04 [versão pdf.]
RADICALIZAR A LUTA PARA BARRAR A PEC 241 E O AJUSTE FISCAL
1. O povo brasileiro caminha há anos sob forte ataque aos seus direitos. Nossas condições de vida pioram. Dilma iniciou o ajuste fiscal que está sendo desenvolvido por Temer. Dos governos Federal aos municipais, todos adotam receitas semelhantes: cortar das condições econômicas dos mais pobres e da classe trabalhadora para salvar os capitalistas da crise.
2. A burguesia e os governos têm pressa. Sabem que a impopularidade de Temer e as denúncias que cercam seu governo e todo o Congresso Nacional logo não poderão mais ser contidos pela imprensa. E sabem que a população rejeita suas reformas e que lutas explodem de norte a sul no Brasil, crescendo nesse exato momento. Eles temem outro “Junho de 2013”, temem uma Greve Geral.
3. A PEC 241 coloca a vida do povo em risco. Sua aprovação congelará os investimentos nas áreas sociais até 2036: impedir sua aprovação pela força é legítima defesa. Este é o carro chefe do ajuste fiscal, mas uma enxurrada de medidas combinadas vem na sequência: a Reforma no Ensino Médio, a Reforma da Previdência, Lei da Terceirização Total, Privatizações em todas áreas e em particular da Petrobrás, o PLP 257, a Reforma Trabalhista e outras.
4. O governo não quer ouvir o povo, chega de passividade. É hora de radicalizar os protestos. Vamos mobilizar as bases e ir para as ruas, ocupar tudo! Não aceitar o estado de normalidade. É o nosso futuro de todo o povo que está ameaçado! A burguesia e os governos articulam esses ataques: isto é uma declaração de guerra! Eles são nossos inimigos! Devemos recusar toda proposta de conciliação e combater os conciliadores!
5. Serão tempos difíceis. Mas não é hora de desanimar. Hoje o maior apelo e exemplo de resistência contra o ajuste fiscal são as mais de 1000 ocupações secundaristas. No DF e Entorno já foram 12: é preciso seguir sua direção. O estado de mobilização e organização deverá ser contínuo. Alerta permanente. Recuar a luta significa liberar caminho para esta avalanche de políticas que nos retiram direitos.
6. Só há uma saída para barrar a enxurrada do ajuste fiscal: a construção de uma Greve Geral. Uma greve dura, e não de um dia; legítima e combativa, e sem apelo pela legalidade burguesa. Ora, o futuro popular está ameaçado e o próprio governo desrespeita nossos direitos legais! Só uma enérgica reação pode barrar o governo: é possível e necessário!
7. A Greve Geral começa na base: Construir Comitês de Mobilização na base das categorias dos sindicatos e DCEs que estão paralisados ou fingem lutar; realizar agitação e propaganda nos locais de trabalho, estudo e moradia; realizar debates de formação; paralisações temporárias e piquetes; ocupações relâmpago de órgãos públicos, empresas, escolas e Reitorias. É preciso dar respostas rápidas, e mobilizar cada vez mais o povo para ter um fôlego prolongado.
8. Esta é uma luta de todo povo, pois todos seremos afetados: trabalhadores, estudantes, desempregados, aposentados. A realidade econômica é o que nos une, independentemente de ideologia, religião, cor, gênero, sexualidade, time de futebol. Os poderosos pagarão caro por subestimar nossa força!
IR AO COMBATE SEM TEMER!
OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!
Leia também:
- CRISE POLÍTICA: Governistas sabotam a luta pela greve geral contra o ajuste fiscal – Comunicado do FOB-DF, nº 03
- Velhas portas não abrem novos caminhos: Para combater o governo Temer é preciso combater a política de conciliação do PT – Comunicado Nacional do FOB, nº 05