Por Rede de Mídia Classista (RMC)
No dia 4 de abril, moradores(as) das favelas do Complexo do Alemão ocuparam a Estrada do Itararé, que corta as favelas, num protesto contra a violência policial. Os cartazes, as faixas e as palavras de ordem exigiam: FORA UPP!
A revolta dos(as) moradores(as) foi uma resposta à mais uma semana em que os(as) trabalhadores(as) do Complexo do Alemão sofreram com uma nova ofensiva da ação terrorista do Estado burgues, que vitimou quatro moradores(as) Elisabeth Alves de Moura Francisco, de 41 anos, Rodrigo de Souza Pereira, de 24 anos, Matheus Gomes Lima, 18 anos, e o menino Eduardo Jesus Ferreira , de apenas 10 anos.
Segundo o testemunho dos(as) moradores(as), os quatro assassinatos foram cometidos pelos Polícias Militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Alemão. As políticas de ocupação e pacificação das favelas do Rio de Janeiro são apenas mais uma face da política de extermínio da população pobre e negra. Os exemplos disso são inúmeros. Podemos citar desde o caso de 2008, quando militares que ocupavam a Favela da Providência entregaram quatro jovens para serem executados por traficantes de uma favela rival. Chegando ao caso do pedreiro Amarildo, sequestrado, torturado e executado por PMs da UPP da Rocinha em 2013.
Exemplos é o que não faltam para comprovar que a política das UPPs é a continuidade política de genocídio dos(as) trabalhadores(as) das favelas e das periferias das grandes cidades do Brasil.
Chega de hipocrisia! A política mata pobre todo dia!
Abaixo o militarismo! 
