Uma histórica Greve Geral paralisou a Colômbia neste dia 28 de abril. As manifestações de massas, paralisações de diversas categorias de trabalhadores e ações combativas nas ruas prosseguem hoje, dia 29.
As jornadas de luta, convocadas por sindicatos, organizações indígenas e movimentos populares colombianos organizados no “Comité Nacional de Paro”, tomaram cidades como Medellín, Barranquilla e Cartagena com grandes manifestações, assim como, municípios dos departamentos do Valle e do Cauca, e o distrito capital de Bogotá, epicentro dos protestos, onde milhares de manifestantes avançam de diferentes regiões para o centro da cidade, ao ritmo de tambores e gritando palavras de ordem como “parar para avançar, viva a greve nacional”.
O Paro Nacional enfrenta o narcogoverno fascista de Iván Duque e sua reforma tributária que ataca a classe trabalhadora e o povo colombiano em plena crise de Covid-19. Além dos ataques aos direitos sociais, o povo da Colômbia vive atualmente o maior pico de mortes por Covid-19, por culpa da gestão desastrosa do uribista e representante das organizações paramilitares e terroristas de extrema-direita, Iván Duque.
Durante a Greve Geral, a repressão assassinou dois manifestantes nas cidades de Cali e Neiva, prendeu pelos menos 24 lutadores e deixou dezenas de feridos. Os governos locais decretaram toques de recolher e dezenas de distúrbios foram registrados. Em Cali foi derrubada a estátua do colonizador espanhol, Sebastián de Belalcázar, e em Neiva os manifestantes derrubaram também estátua do ex-presidente Misael Pastrana.
Diversos ônibus foram incendiados, bancos atacados e dezenas de enfrentamentos com o Escuadrón Móvil Antidisturbios de la Policía (Esmad) foram registrados no país, com dezenas de policiais feridos pela autodefesa popular. Nas diversas marchas, manifestantes afirmavam que: “Se o povo marcha em plena pandemia é porque o governo é mais perigoso que o vírus”.
A Colômbia é o país onde mais se assassina líderes sociais, militantes comunitários e de direitos humanos no mundo, desde 2016 passam de mil as execuções de lutadores do povo e ex-guerrilheiros, com um militante social assassinado a cada três dias no país.
VIVA A GREVE GERAL NA COLÔMBIA!
ABAIXO O GOVERNO NARCOTERRORISTA DE IVÁN DUQUE!
AMÉRICA LATINA EM PÉ DE LUTA!