Na França, após três dias de reabertura, 22 escolas foram fechadas; na Coreia do Sul, o governo cancelou o retorno após relatar que o país estava à beira de um novo surto nacional; na Alemanha, com o surgimento de novas contaminações entre alunos e professores, as autoridades decidiram fechar novamente as instituições. Por aqui, no Brasil, o Amazonas, o primeiro estado que decidiu retornar às aulas no modelo presencial, logo na segunda semana de regresso registou mortes e acumulou contágios, contabilizando 342 trabalhadores da educação infectados segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do estado.
Esse é o cenário do retorno às aulas pelo mundo. No momento em que já alcançamos 150 mil mortos no Brasil inteiro e passamos de 37 mil no estado de São Paulo, os governos estaduais, municipais e federal, aliados aos empresários e aos grupos mais reacionários, liberam e incentivam cada vez mais a circulação da população, que já se encontra em risco com seu trabalho cotidiano, aprofundando o projeto de genocídio que já matou milhares de pessoas no país.
Enquanto isso, aqueles que esperávamos defender nossos interesses como alunos, funcionários e familiares, nos deixam na mão, preocupados com quantos votos seus candidatos receberão e oportunamente omissos das questões diárias do povo como o aumento do preço de vida, o risco de contaminação e os trabalhos cada vez mais precários.
Com a intenção de informar sobre os perigos da volta presencial, divulgar formas de organização e incentivar a reação e o boicote, lançamos a Campanha “Volta às Aulas Nem Mortos!”, que contará com divulgação online, com postagens informativas e de denúncia, assim como a propaganda em escolas, com a colagem de lambes, panfletos e cartilhas.
Reforçamos só há uma saída para a crise, econômica, política, social e sanitária: o povo trabalhador. Apenas com estruturação de uma #GrevePelaVida e com a construção coletiva de uma nova forma de organização do mundo, voltada para o bem-estar e o desenvolvimento popular nós poderemos virar o jogo.
Enquanto isso, recusamos qualquer tentativa de nos matar: estudantes, funcionários e familiares, boicotem a volta às aulas presenciais! Organizem-se!
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Só o povo salva o povo!