O Estado mexicano assassina estudantes e o povo se revolta por todo o país!

A violência do neoliberalismo contra os e as estudantes e os trabalhadores e as trabalhadoras fizeram mais vítimas no México. No dia 26 de setembro agentes policiais municipais da cidade de Iguala, estado de Guerrero abriram fogo em diversas ocasiões contra o ônibus estudantil da Escola Normal Rural de Ayotzinapa “Raul Isidro Burgos” assassinando estudantes, transeuntes e membros de uma equipe desportiva que passava pela estrada.

Segundo denúncias 43 estudantes foram entregues ao narcotráfico pelas forças policiais locais com a suspeita de que tenham sido executados. Além disso, o prefeito de Iguala, José Luis Abarca, que se encontra foragido, é acusado de ter matado um líder camponês de Guerrero

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O avanço do neoliberalismo no país desde metade dos anos 80, que levou ao acordo do NAFTA. Desde então a trabalhadores e trabalhadoras e estudantes tem resistido não só ao Estado, mais ao narcotráfico os cartéis, vinculados ao próprio estado. A chamada guerra contra as drogas só foi mais uma forma do narcogoverno instalado no país avançar na repressão contra o movimento popular e social do país e continuar a lucra com o mercado legal e ilegal (de produtos e pessoas)

Professoras e Professores conjuntamente com estudantes tem resistido, vários foram as lutas que se transformaram em uma resistência aberta, conhecida mundialmente, como de Oaxaca, no sul do País. A resistência tem sido combatida com assassinatos e encarceramento em massa, legais e ilegais, além da exploração sexual realizada pelos cartéis em aliança com Estado, que explora e oprime as mulheres mais pobres da juventude mexicana.

O Estado segue defendendo os interesses de grandes grupos nacionais e do narcotráfico. Avançam na construção do modelo neoliberal exportador de matérias-primas e produtos industriais baratos através de uma mão de obra barata.

O povo mexicano tem resistido a repressão legal e ilegal através da organização da sua autodefesa. O estado tenta de todas as formas combater o povo trabalhador mexicano, inclusive as autodefesas populares, com criminalização e militarização da repressão. Apesar de toda a repressão contra os trabalhadores e trabalhadores, camponeses e camponesas e estudantes em todo o México, companheiros e companheiras tem resistido bravamente.

O povo voltou a rua no dia 13 de outubro e estudantes e professoras/professores incendiaram a sede do governo, localizada na cidade Chikpancingo, capital de Guerrero. No último dia 23 de outubro todo o povo trabalhador mexicano se levantou exigindo a aparecimento dos 43 estudantes que foram pegos vivos pelas forças do Estado. Para demarcar isso, se levantou a palavra de ordem: FOI O ESTADO!

Milhares de estudantes marcharam para a praça Zócalo, no centro histórico da capital mexicana, para exigir a saída do presidente do PRI, Peña Nieto, e do governador de Guerrero, Ángel Aguirre Rivero, que renunciou no final da última semana, o aparecimento dos 43 estudantes sequestrados pelas forças do Estado. Houve manifestações por todo país e em diversas cidades pelo Mundo. Professoras e professores e estudantes prometem tomar todas prefeituras do estado de Guerrero. Nas manifestações do dia 23/10 as principais faixas diziam: “PRI, PAN, PRD=narcogoverno”, “Não somos todos, nos faltam 43” e “Se vivo os levaram, vivos os queremos!!!”

O único meio para transformar essa realidade é se organizar e lutar por todos os meios, legais e ilegais, para destruir o Estado e o Capital! Todo apoio a luta do movimento estudantil mexicano! Toda nossa solidariedade a todos que lutam no México, em particular aos familiares dos 43 desaparecidos!

Todo poder ao Povo!

Todo apoio as autodefesas populares no México!!

Não esquecemos, Nem perdoamos!!

Ayotzinapa Vive!

Por nossos mortos, por nossos presos!

A justiça conseguiremos nas ruas!

Pela apresentação dos desaperecidos!

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