Por Pró-Núcleo SP
A decisão da Ford de fechar a fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em novembro de 2019 é para manter e aumentar o seu lucro reduzindo custos. Já é conhecida a prática de em momento de crise e reorganização, a indústria automobilística atacar direitos, reduzir salários, fazer demissões e fechar fábricas, esse é o caso da Ford, que agora está se reorganizando para uma parceria com a Volkswagen. Contra essa decisão, trabalhadores/as da fábrica imediatamente iniciaram uma greve.
Se a fábrica da Ford fechar, acontecerá a demissão imediata de 3.200 trablhadores/as e cerca de 24.000 serão diretamente ou indiretamente prejudicados. A gestão da fábrica alega que o motivo para a decisão é a falta de investimento por parte da matriz da Ford, que fica na cidade de Detroit, nos Estados Unidos. O presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters, está negociando com o govenador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), visando que esse investimento supostamente necessário seja feito com dinheiro público. Importante lembrar que as montadoras recebem bilhões em incentivos fiscais dos governos estadual, municipal e federal. As indústrias enviam bilhões de doláres para a sede das empresas, no ano de 2008, da crise mundial, este setor mandou US$ 5,6 bilhões para reforçar o caixa nos países de origem. Outra empresa que está ameaçando fechar fábricas, tanto no Brasil como em outros países da América do Sul, alegando o mesmo motivo é a GM (General Motors/Chevrolet).
O que os patrões da Ford estão fazendo mostra que não há nenhuma preocupação com a vida dos milhares de trabalhadores/as que serão prejudicados, estão preocupados em manter e aumentar o lucro. Enquanto eles não se importam, nós temos que nos solidarizar com todos eles/as neste momento difícil. No dia 26 de fevereiro, os trabalhadores/as da fábrica realizarão uma assembleia para decidir os rumos da luta contra essa decisão e em defesa dos empregos. Além de decidir manter a greve, é necessário fortalecê-la com os trabalhadores/as ocupando a fábrica até que os patrões recuem nessa decisão e todos os empregos e direitos sejam mantidos.
Que a luta dos trabalhadores/as da Ford se torne um exemplo para toda a classe trabalhadora do Brasil, dado que o governo Bolsonaro quer aplicar a reforma da previdência e a “carteira de trabalho verde e amarela” para reduzir custos piorando as condições de trabalho e vida de milhões de trabalhadores/as e suas famílias, e favorecer os interesses dos patrões e grupos poderosos. Por isso, é necessário que as lutas locais possibilitem a construção de uma greve geral para derrotar os governos e os patrões, e avançar a organização e mobilização popular e da classe trabalhadora no Brasil.
Toda solidariedade e apoio aos trabalhadores/as da Ford!
Greve Geral contra os governos e os patrões!
Reconstruir o sindicalismos revolucionário!
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