Em 2023 iniciamos nossa greve com data para acabar. A direção do Sindiute conduziu esse método equivocado, anunciando aos sete ventos o último dia de nosso movimento. Assim, Sarto/PDT ficou à vontade para “cansar” a categoria, nos levando a aceitar qualquer migalha que fosse oferecida. Não podemos repetir esse erro!
O piso nacional do magistério foi reajustado em apenas 3,62%, valor este abaixo da inflação que fechou 2023 em 4,62%, 1% acima do percentual de reajuste de nosso piso. Porém, a inflação de Fortaleza-CE foi a quinta maior do Brasil, com 4,88%. Assim, se reivindicarmos apenas o piso salarial, vamos ter uma perda salarial de mais de 1% ao mês.
Tabela salarial e 2017 com calote de Roberto Cláudio/PDT
Em 2017 o então prefeito Roberto Cláudio/ PDT deu um calote na categoria, não pagando o piso salarial. Na época o reajuste seria de 7,64%. A categoria reagiu com ocupação da SME, mas não conseguiu reverter o calote. Devemos reivindicar o percentual hoje como forma de reparar o reajuste zero de 2017.
Mas o reajuste rebaixado é consequência da política de desoneração fiscal de diversas áreas realizadas pelo governo Bolsonaro/PL, como medidas eleitoreiras em 2021 e 2022 que reduziram a arrecadação e consequentemente, o nosso piso salarial. Também é preciso observar as políticas fiscais de Haddad/PT que quer “zerar o deficit fiscal” a custo dos mínimos constitucionais (15% para Saúde e 18% para a Educação). Precisamos enfrentar Sarto/PDT e vigiar para que o governo Lula/PT não volte a atacar nossa categoria ou a educação em geral.
Propomos:
- Greve por tempo indeterminado
- Que nesta assembleia, os colegas se dividam por regionais e estabeleçam:
- a) um calendário de reuniões dos zonais em greve,
- b) estratégias para mobilizar nos seus bairros, em feiras, e
- c) elejam dois representantes e dois suplentes para o comando de greve.
- Que o comando de greve seja definido pela categoria em seus organismos de base, zonais ou assembleia. Que este formule as políticas de organização/mobilização da greve e que respalde nosso sindicato de eventuais perseguições judiciais da Prefeitura de Fortaleza.
Somos um grupo de trabalhadoras/es insatisfeitos com o modelo sindical hegemônico, incluindo o do Sindiute-CUT. Lutamos por liberdade sindical e pela autonomia da nossa classe. Leia nossa tese ao VIII Congresso do Sindiute.
Venha construir a ORC!