Somando-se a outras iniciativas a nível nacional de levantar um amplo movimento de oposição ao peleguismo sindical, já estão sendo divulgados em algumas escolas o boletim “Palavra e Ação”, no qual se encontra o manifesto pró-Oposição de Resistância Classista (DF e Entorno). O boletim é fruto de reuniões e conversas de professoras/es descontentes com a atual política do SINPRO e demais sindicatos da educação, bem como com as “oposições” que não possuem uma real organização de base e são mais um conglomerado de siglas partidárias.
Esperamos que com esta humilde contribuição possa-se iniciar um trabalho conciso de reorganização da categoria de trabalhadoras/es da educação, apontando novos horizontes de autonomia e combatividade. Boa leitura a todas e todos!
APRESENTAÇÃO:
Este material é uma coletânea de textos da pró-O.R.C no DF. A Oposição de Resistência Classista (O.R.C) é um coletivo de base de trabalhadoras/es da educação que já atua no Rio de Janeiro e no Ceará, e visa organizar-se nacionalmente para se contrapor ao sindicalismo de Estado e propor uma atuação classista e combativa. “A oposição surge então como uma organização de trabalhadores por local de trabalho que se opõe não a uma diretoria específica, mas ao modelo majoritário de sindicalismo presente no país. Esse modelo pode ser explicado da seguinte maneira: o sindicato faz apenas pressões econômicas e politicamente apóia os partidos que representam os trabalhadores no parlamento. Na medida em que se ganha mais espaço parlamentar, mais o sindicato se atrela a essa prática política e passa a pressionar parlamentares, para que esses pressionem os governos. Esse modelo de sindicalismo transforma o sindicato em marionete de partidos e correntes políticas. Retira o protagonismo das lutas dos trabalhadores.” (ORC-RJ, 2011)
Contrariamente ao sindicalismo de Estado, propomos a construção do poder popular: façamos com nossas mãos tudo que nos diz respeito! Para construir o poder do povo, é preciso que os trabalhadores da educação se reorganizem pela base de forma inteligente e democrática, unificando categorias e níveis; ao contrário, pois, da fragmentação burocratizante e estéril que acontece majoritariamente. Da mesma forma, se renunciamos à ilusão do Estado e das empresas como aliados ou mesmo agentes neutros, é preciso desenvolver formas de mobilização combativas que os pressionem de fato, disputando com estes o poder sobre nosso trabalho e nossas vidas. É preciso também fazer oposição à educação elitista e reprodutivista, que conforma os estudantes (e nós mesmos) à sociedade de classes, “cada um em seu lugar”, reduzindo a nós todos a trabalhadores obedientes e alienados. Para isto torna-se necessário desenvolver um pensamento pedagógico autônomo em prol de uma Educação Popular.
Estes três temas, formas de organização, formas de mobilização e redefinição de funções são os que guiam os textos desta primeira edição. Boa leitura e avante trabalhadoras/es da educação!
PELA INDEPENDÊNCIA DOS CONTEÚDOS NAS SALAS DE AULA!
QUE A ESCOLA SEJA ABERTA E CONSTRUÍDA PELOS MOVIMENTOS POPULARES!
MAIS ESCOLAS NAS PERIFERIAS E NO CAMPO!
PELO DIREITO DOS ESTUDANTES ESTUDAREM SEM TER QUE SE DESLOCAR DOS SEUS LOCAIS DE MORADIA!
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