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O dia 28 de Outubro marcou o início de uma nova etapa da greve. No início do dia centenas de “piqueteiros” estavam cedo fechando todas regionais de ensinou, e no fim da tarde fechamos as principais saídas da cidade. Foi uma demonstração de poder dos trabalhadores. Frente a isso a repressão policial foi rápida e brutal, da mesma forma que a Justiça foi para decretar nossa greve ilegal. A polícia, a mando de Rollemberg (PSB), espancou, jogou bombas e prendeu. Essa foi mais uma prova do caráter opressor do Estado e dessa “democracia”. Outro fato marcante foi a solidariedade de classe dos rodoviários, que fecharam a rodoviária até a libertação dos nossos presos. Saímos mais fortes dessa batalha!
A tática “morde e assopra” da diretoria do Sinpro
Contraditoriamente, após a repressão policial a tática do Sinpro foi aprofundar as ilusões nas instituições do Estado. O ato de denúncia na Câmara (30/10) é um símbolo da crença no Estado burguês. Ora, devemos negar a conciliação com os mesmos deputados oportunistas e coniventes com a nossa situação (lembremos da votação do IPREV). E o pior: o Sinpro tem servido de palanque para esses canalhas! Mas por quê? A política da burocracia sindical que pretende agora diminuir a pressão real (fechamento de ruas, piquetes, etc.) trocando por um apelo a “conscientização da opinião pública”, tem como pano de fundo a ideia de sensibilizar parlamentares para que estes pressionem o governo. Qual o problema disso? Em primeiro lugar cria-se um clima de vitimismo altamente controlado pela “opinião pública”/mídia, desarmando ideologicamente para a luta (aceitando por exemplo que fechar rua ou fazer piquete seja algo violento); segundo, não se desenvolve os mecanismos reais de pressão popular, pelo contrário, desorganiza os piquetes, libera-se as ruas, retirando assim o nosso poder, tudo para agradar deputados e o status quo.
A luta combativa e a massificação da greve
Nessa nova etapa nós podemos avançar ou retroceder. Ao contrário do que os pelegos dizem a combatividade da luta não afasta as pessoas, ela aproxima e, acima de tudo, ela politiza. É através dos conflitos que as pessoas reconhecem seus amigos e inimigos. Foi pela ação do dia 28 que avançamos! Mil propagandas na TV ou milhões de reuniões com parlamentares não conseguiriam esse efeito. Ao invés do recuo do Sinpro nós defendemos a via da Ação Direta, ou seja, que devemos aprofundar as condições organizativas e de resistência para que nós trabalhadores exerçamos nosso poder diretamente, sem o intermédio de políticos ou líderes iluminados. Não precisamos “paparicar” deputados nem implorar benevolência da polícia. Isso é ilusão! O que precisamos é: intensificar a luta e a nossa organização de base, nas escolas e bairros. Esse é o caminho para a vitória.