Oposição de Resistência Classista (ORC) / Trabalhador@s da educação
Nós trabalhadoras e trabalhadores da educação do DF, organizados na Oposição de Resistência Classista (ORC/FOB), viemos declarar toda a nossa solidariedade ao camarada Pedro Catitu, uma liderança sindical que tem cerca de 27 anos de serviço à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal – Caesb, e que vem sendo perseguido desde 2014 pela direção da empresa que busca a sua demissão na justiça, como forma de desmobilizar a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da Caesb e do DF.
A perseguição que começou em 2014 buscou a demissão de cinco dirigentes do Sindágua à época, em função de uma ocupação de mais de 100 trabalhadores que solicitavam o andamento das negociações daquela data-base que se fechou somente em outubro de 2015. Dos cinco dirigentes, quatro foram absolvidos e somente o camarada Catitu teve a sua demissão confirmada em segunda instância por 2 votos a 1.
Esse ataque não é apenas a uma pessoa ou uma instituição corporativa, mas um ataque a toda a classe trabalhadora e como tal deve ser abraçado de corpo e alma por todos os militantes e organizações populares comprometidos com a justiça e a luta pelos direitos do povo. A perseguição política feita pela Caesb às lideranças sindicais é um passo no caminho da privatização da empresa e faz parte do aumento da repressão anti-sindical que os governos e patrões vem utilizando para tentar enfraquecer as lutas em todo o país.
Em meio a crise, tudo que o Estado e os patrões querem é a classe trabalhadora dividida. Querem que fiquemos com medo. Querem que fiquemos arrependidos de lutar. Querem que deixemos de ocupar os órgãos públicos, fazer greves e fechar as ruas. Mas os trabalhadores podem e devem reverter essa situação através de táticas que promovam a solidariedade de classe. Nos momentos de dificuldade é importante ter coragem e decisão para contra-atacar os inimigos do povo. É necessário em cada local de trabalho, em cada greve, construir o Poder Popular contra o poder injusto e podre do Estado, sem nenhuma ilusão na justiça burguesa e nas promessas dos burocratas do estado e da empresa. E principalmente: nesses momentos percebemos que romper o corporativismo sindical não é uma opção, é uma necessidade!
O que a experiência recente das lutas vem nos mostrando (e a perseguição ao Catitu demostra cabalmente, assim como o corte de ponto aos professores do DF) é que devemos unir em todas as categorias a luta econômica (por aumento salarial, data-base, etc.) com a luta política (contra as perseguições e práticas anti-sindicais). Fragmentar a classe, fragmentar suas reivindicações, é a receita da burguesia e dos governos para derrotar a classe trabalhadora. O nosso papel de lutadores do povo é demonstrar na prática a relação entre a luta política e econômica, onde uma depende da outra. E a correta articulação entre elas depende não apenas a vitória dos trabalhadores da Caesb, mas do país inteiro. Por isso devemos unir aquilo que o governo quer dividir! É nosso papel fazer os burocratas do Estado se arrependerem de um dia pensarem em demitir um trabalhador honrado, um camarada que tanto lutou e derramou seu suor pelo saneamento de água do DF e pelos direitos do povo. A situação pode e deve se reverter até o ponto que sejam as ratazanas que hoje roubam a Caesb e o povo que sintam medo da mobilização popular.
Por isso nos somamos a campanha #SomosTodosCatitu e convocamos todos os trabalhadores e trabalhadoras do DF e Brasil a fazer o mesmo! “Quem não pode com a formiga, não assanha o formigueiro”!
NINGUÉM FICA PRA TRÁS!
SOLIDARIEDADE E AÇÃO DIRETA CONTRA AS PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS NA CAESB!