COMUNICADO NACIONAL DA REDE ESTUDANTIL CLASSISTA E COMBATIVA
28 de março: Em memória de Edson Luis, organizar a luta estudantil pela base! Contra as Reformas Neoliberais e a Precarização da Educação!
2015 e 2016 foram anos de luta para os/as estudantes das escolas de educação básica e um grande exemplo para aqueles que acreditam na organização pela base. Iniciadas em São Paulo contra a reorganização escolar de Alckmin e em Goiás contra o projeto de militarização e terceirização via Organizações Sociais (OS’s) do governador Marconi Perillo, 2016 foi a vez de mais de mil escolas e universidades públicas em todo o país serem ocupadas e se unirem na luta contra a Reforma do Ensino Médio (MP 746) e a PEC 241.
Estudantes de todas as idades e segmentos buscavam barrar as propostas do governo. A PEC 241 limita os gastos públicos por 20 anos e congela os investimentos na Educação e a Medida Provisória reformula todo o ensino médio. Iniciada no governo Dilma (PT/PMDB) a Reforma traz a implementação de um ensino tecnicista, voltado para a mecanização do trabalho nos meios de produção. No governo Temer, em formato de Medida Provisória, esta proposta foi votada e aprovada a toque de caixa, ignorando os estudantes e todas as discussões anteriores sobre os rumos da educação.
Frente ao atual cenário de sucateamento já vivido há anos no ensino público, os filhos da classe trabalhadora serão privados do acesso a diferentes áreas do conhecimento e estarão limitados em suas escolhas, pois nem todas as escolas terão condições de oferecer as diferentes modalidades de ensino. Muito semelhante ao modelo educacional vivido durante a Ditadura Civil – Militar, com os acordos MEC/USAID (Ministério da Educação e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), que tinham o objetivo de repetir no Brasil a mesma estrutura educacional tecnocrata americana, a Reforma agravará as desigualdades, dividindo os estudantes entre quem tem formação operária e formação intelectual, beneficiando apenas os que não precisam trabalhar.
As ocupações das escolas e das ruas foram decisivas neste processo de resistência e vitoriosas em conjunturas locais como São Paulo e Goiás. Mesmo com uma repressão policial massiva, a postura combativa e independente de muitos estudantes, que não caíram no discurso eleitoreiro de grupelhos do Movimento Estudantil, foi de fundamental importância para o avanço da ação direta pelas escolas do país. Saudamos com convicção a todas e todos estes e convidamos a reivindicarem o dia 28 de março como o dia Nacional da Luta dos Estudantes!
A Reforma do Ensino Médio e a PEC foram aprovadas, o que nos coloca em estado permanente de luta! Outras Reformas estão em processo, como a Reforma da Previdência, que será votada neste dia 28. Ela completa o pacote de austeridade colocado em nossos ombros, comprometendo diretamente nosso futuro e direitos. Em memória da morte de Edson Luis, secundarista brutalmente assassinado pela Polícia Militar em 1968, façamos deste dia um momento de luta e organização pela base em nossos espaços de trabalho, estudo e moradia. Por ele e por todos que foram perseguidos, torturados e assassinados enfrentando a sanguinária ditadura civil-militar da burguesia. Lembremos também de Guilherme Irish, estudante morto em Goiás em 2016 no período das ocupações, vítima do extremismo e ódio por aqueles que acreditam na construção de um mundo novo. Contra as Reformas neoliberais, tomar as ruas!
Em memória e justiça aos mortos pela ditadura!
Não esquecemos nem perdoamos!
O companheiro Edson Luís vive!
O companheiro Guilherme Irish vive!
AVANTE!
O momento atual é de se impõe contra tudo que essa Burguesia nos condicionou . A força do povo é mais forte , pois não é nós que temos que servir a essa Corja e sim elas servirem a nós , não é eles que tem que nos impor regras e sim seguir as nossas regras eles são minoria e nos povo somos maioria . Temos que nos desvencilhar dessas amarras, pois somos livres segundo consta na nossa constituição e acima de tudo somos fortes a união faz à força e vence batalhas vamos lutar por nossos direitos, e mostra o devido valor que se tem com a união por objetivos multuos.