Nº 05 – 02 de Setembro de 2015
Cupulismo reformista derrota a ocupação da reitoria da UFC
A ocupação da reitoria iniciada no dia 01 de setembro, após assembleia estudantil da UFC, foi destruída pelas estratégias do reformismo representadas por correntes ligadas majoritariamente ao PSOL (RUA), e PSTU (ANEL).
A Policia Federal (PF) chegou duas horas após a instauração da ocupação, que foi encerrada na manhã do dia 02/09. Durante a ação da PF, a administração superior da UFC esteve presente, criminalizando o movimento. As correntes reformistas, presentes em maior número, pautaram sua ações pelos acordos de cúpula: administração superior da UFC, parlamentares do PSOL, advogados, representantes do Comando de Greve Estudantil e Polícia Federal.
A ocupação não foi capaz de promover ganhos reais para o conjunto de estudantes. Desde o início da greve, a Oposição Classista e Combativa ao DCE-UFC/RECC defende que não se deve realizar acordo de cúpula no processo organizativo, uma vez que isso afasta a base da formulação das demandas exigidas. A aproximação de estudantes da base, deve estar respaldado também na eleição de delegados eleitos nos cursos para a representação no Comando de Greve Estudantil. O RUA esvaziou politicamente a ocupação ao colocar seus parlamentares como interlocutores legítimos do movimento, sem que estes tenham sequer, acompanhado e escutado o conjunto de estudantes ocupados.
O reformismo utilizou a politica do medo para encerrar a ocupação onde a delegada da PF foi capaz de dirigir o Movimento Estudantil reformista. Além disso o reformismo demonstrou postura política machista, expressada na negação da bandeira da Creche Universitária, defendida expressamente pelo Coletivo Pedagogia em Luta e OCC/RECC como uma das pautas prioritárias para o movimento. O refutamento da pauta da Creche Universitária, nega a necessidade de lutar pela garantia do direito ao trabalho e ao estudo para estudantes (em sua maioria, mulheres afetadas pela falta de condições de assistência específica). Durante a atividade, a criminalização daqueles que cobrem o rosto como forma de assegurar sua segurança diante do aparato repressor, também foi difundida pelo reformismo.
Apontar os erros e apurar a prática
A OCC/RECC aponta como derrota da ocupação da reitoria: a) afastamento da base das atividades do comando de greve, ocasionadas pela decisão majoritaria entre correntes, indicando cupulismo, b) a orientação do movimento pelas determinações da PF, não havendo firmeza nas exigências estudantis, c) a diluição de pautas centrais do movimento, retirando demandas históricas, como creche universitária das necessidades prioritárias d) a criminalização de estudantes que garantiam sua integridade jurídica.
É preciso romper com a prática do cupulismo e construir uma greve pela base, com a construção de um comando de greve eleito a partir de assembleias de curso. Dessa forma, as pautas serão construidas rompendo com esse modelo de greve em que a base não é representada e servindo como palanque para organizações.
CONSTRUIR A GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO!
ABAIXO O CUPULISMO E O PARLAMENTARISMO ESTUDANTIL!
CRECHE E R.U PARA O POVO!
Massa esse logo do trincheira estudantil…!!
E sobre os reformistas, ah, só o de sempre, mesmo modus operandi brasil inteino!