A Oposição Nós por Nós (RECC/UFSC) considera de fundamental importância posicionar-se diante do processo de perseguição política movido pela reitoria da UFRGS contra a estudante Lorena Castillo, desligada da instituição sob acusações fraudulentas, e contra a organização da qual a camarada faz parte, a Federação Anarquista Gaúcha.
Manifestações de autoritarismo como as da UFRGS não devem ser entendidas de maneira isolada, mas como componentes de um quadro geral de acirramento da crise política e social em que se observa um aumento da ferocidade dos ataques da burguesia contra o povo e a intensificação da caçada aos opositores desta ordem social desigual.
Há anos e, principalmente depois de 2013, a Federação Anarquista Gaúcha sofre com a perseguição por parte do Governo Estadual e das elites que o controlam. Há anos os companheiros resistem à detração pública, criminalização de suas atividades, invasões à sua sede, prisão de militantes e diversas outras investidas. Agora, o Governo Sartori (PMDB) e a reitoria de Rui Oppermann (PCdoB) se articulam para coibir a atuação combativa no movimento estudantil universitário, através da humilhação e expulsão da camarada Lorena, em um processo forjado e inquisitório que a condena à interrupção dos estudos simplesmente por ser pobre e militante.
Sabemos bem que a perseguição política se coloca como tentativa de aplacar o empenho daqueles que não fogem à luta, que não se afastam da guerra de classes encastelados em gabinetes, protegidos no alto dos carros de som e atrás de bate paus contratados para conter a insubmissão autônoma. Por isso, nos declaramos solidários à companheira Lorena e à Federação Anarquista Gaúcha, repudiamos as medidas tomadas pela UFRGS e corroboramos a exigência da imediata reintegração da companheira ao corpo discente da universidade.
Mais do que nunca, é imprescindível defender a liberdade de organização e atuação política em nossos locais de estudo, pois cada vez mais se agudiza a perseguição aos lutadores que não abaixam as vozes mediante financiamento de campanha e não sujam as mãos no lamaçal das burocracias sindicais, partidárias e estudantis que são cúmplices da burguesia. Mas a resistência nas universidades e nas ruas tem dado o recado: As perseguições não podem deter a reorganização da revolta popular! Não permitiremos que sigam roubando nossos direitos, nem que tentem silenciar nossos lutadores!
Apoiar sem soma de dúvidas pois o que essa Burguesia prega e nos enfia de garganta a baixo . Achando que nós somos alienados ao sistema , mas nós não somos e temos que mostrar que temos voz e temos forças pra lutar pelos nossos direitos, e em defesa aos camaradas, perseguidos e injustiçados.