Liberdade e moradia são um direito! Não Tem Moradia, Não Vai Ter Copa!
No dia 11 de abril de 2014, depois de uma semana de ocupação do antigo prédio da OI-Telerj o governo municipal e estadual (PT, PMDB, PCdoB, PSB, PDT, PP…) mostram sua política de moradia: tiro, porrada e bomba. O povo da ocupação e das favelas vizinhas resistiram o quanto puderam a ação da PM e da Guarda Municipal, deixando mortos e feridos, como o entregador de pizza que perdeu um olho com tiro de borracha.
A ocupação do prédio da OI-Telerj com 6.800 moradores foi fruto do aumento do custo de vista, da falta de moradia, das remoções e por fim da repressão policial que todo os dias com incursões nas favelas, seja através das UPP’s e mais recentemente pela ocupação das forças de segurança (Polícia Militar, Exército e Força Nacional) no Complexo da Maré.
O aumento do custo de vida está ligado aos megaeventos. Os moradores da ocupação vieram em sua maioria de favelas com UPP. O aluguel aumentou, e não tinham outra opção senão a saída coletiva: a ocupação.
A política habitacional dos governos (municipal, estadual e federal) se restringe a aluguel social (R$ 400, 00) e o Minha Casa, Minha Vida, que os moradores chamam de “Minha Casa, Minha Dívida” (MCMD). A falácia do projeto habitacional veio a tona. O projeto é direcionado para atender as empreiteiras e a especulação imobiliária e não a falta de moradia.
A situação caótica dos transportes coletivos privados, trem, metrô, ônibus e barca afeta mais a condição de vida do povo. Uma vez que os projetos do “Minha Casa, Minha Divida” são construídos longe dos locais de trabalho. Enquanto isso, a Zona Portuária, com a maioria de terrenos públicos e “doado” ao projeto de privatização da empreiteiras e dos governos (Pezão-Cabral, Paes-Adilson Pires e Dilma)
Expulsos da ocupação foram protestar em frente a prefeitura. Novamente reprimidos e enganados. O governo ofereceu: abrigos públicos, lista para MCMV e aluguel social ou tiro, porrada e bomba.
O povo foi resistindo e na madrugada do dia 17 para o dia 18 de abril, na sexta-feira da paixão, o restante dos moradores que resistiam a violência da PM e da GM foram expulsos covardemente da região da prefeitura.
Encontra-se em frente a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. Em frente a representação do clero da cidade, em plena sexta-feira da paixão. O povo continua com a disposição renascida do Levante de Junho. O povo tem resistido como pode a violência, a as ameaças de morte por parte da GM, PM e de forças de segurança a paisana. Já estão cansados de promessas, ilusões e programas sociais que só remediam. Voltaram a acredita na Ação Direta. Organizar, Resistir e Lutar!!!
NÃO TEM MORADIA, NÃO VAI TER COPA!!!!
NÃO VOTE, LUTE!!!!!