No ultimo dia 26, estudantes da UECE ocuparam a diretoria do CH no Campus Fátima exigindo democracia e direitos.
Denunciando o caráter anti-democrático da diretoria do Campus, os estudantes tomaram a luta em suas próprias mãos e ocuparam a diretoria do CH.
O saldo até o momento é uma negociação direta realizada com o reitor que se deslocou à ocupação para ouvir as demandas, e a promessa do mesmo de destituição do diretor, e a elaboração de uma comissão gestora provisória composta paritariamente por estudantes, servidores e professores.
A ocupação da diretoria demonstra a todos que as vitorias chegam aos que ousam lutar!
IR AO COMBATE SEM TEMER!
OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!
Segue abaixo a nota da ocupação
NOTA SOBRE A OCUPAÇÃO DA DIREÇÃO DO CAMPUS FÁTIMA
Na última quarta-feira, durante a audiência com a Reitoria para tratar dos problemas com a atual direção do campus Fátima, as e os estudantes da Universidade Estadual do Ceará decidiram por ocupar a direção do mesmo, no sentido de não aceitar passar mais nenhum dia sobre o julgo do vice-diretor Eduardo Triandópolis.
Diversos motivos levaram à insatisfação dos que constroem o Centro de Humanidades. A não intermediação de diálogo por Letícia Adriana Pires e Eduardo Triandópolis, a violação da banca do concurso para professor adjunto, a omissão sobre os casos de assédio sexual por parte de um funcionário apadrinhado pela direção, a retirada do vendedor de camisas por justificativas de questão estética, a retirada do Wi-fi alegando que a instalação deste “deixaria o ambiente feio”, perseguição a servidores, professores e estudantes, abertura de processos administrativos contra estudantes que fizeram intervenção nas paredes do campus, além disso, uma nítida higienização social do CH vem sendo colocada em prática. Estas não são as únicas arbitrariedades cometidas. A parceria quase que visceral com a Estácio-Fic, indo desde intervenções na reforma, chegando ao fornecimento de bolsas a estudantes desta instituição, tratando-se de uma nítida tentativa de privatização do espaço público, as e os alunos do Campus Fátima foram por meio de portaria impedidos de entrar nas coordenações de curso, computadores foram retirados do laboratório de informática durante a reforma (tínhamos 11 computadores, agora temos 5), a pouca comida no RU e a falta de acesso aos equipamentos do CCLin (Cidade, Cultura e Linguagem), projeto integrado ao Núcleo de línguas.
Nesse sentido temos como pautas prioritárias: Saída imediata de Eduardo Triandópolis da direção do Centro de Humanidades, construção de uma coordenação tripartite (professores, estudantes e servidores) e com paridade de gênero para gerir o campus Fátima e demissão imediata do funcionário que cometeu assédio sexual. As demais pautas tais como: Comida que atenda à demanda do RU, ônibus Inter campi (Fátima – Itapery), mudança de itinerário de ônibus permitindo as linhas de acesso aos terminais passarem na Avenida Luciano Carneiro, iluminação nas ruas de acesso ao CH, abertura do portão que dá acesso a Luciano Carneiro, mais computadores no laboratório de informática, além de integração e ampliação do acervo de livros.
Diante dos motivos expostos nossa única alternativa foi a ocupação da direção do Centro de Humanidades. Estamos aqui ocupadas (os) em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade. Somos contra a criminalização de todas e todos que aqui estão. Cobrimos o rosto em forma de defesa. Queremos um Centro de Humanidades onde, estudantes, servidores, professores e comunidade possam gozar de um espaço radicalmente democrático, livre, plural e diverso.
Convidamos todas e todos a se somarem à Luta.
Fora Tiranópolis e Letícia.
“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.
(Rosa Luxemburgo)
