Desde 2015, o prefeito Firmino Filho (PSDB) e o Conselho Municipal de Transporte Coletivo (CMTC) anunciam os aumentos de tarifa de ônibus na surdina. Com reuniões no final de ano e planilhas feitas por empresários e nenhum aumento da qualidade do transporte que justifique.
Eles escolhem o período do final de ano por ser época de férias estudantil e também recesso ou plantão de quem trabalha. O motivo é nos imobilizar porque é sabido que só o povo mobilizado consegue barrar injustiças assim.
Dessa forma foi aprovada com a votação do Conselho Municipal de Transporte Coletivo na quinta-feira (27/12) a proposta de aumentar o valor da passagem de ônibus em 11%. Tanto a inteira como meia-passagem devem subir. A inteira para 4,02 e a estudantil para R$ 1,28.
Além de descumprir com a diretriz municipal de uma política urbana justa tornando o transporte público cada vez mais caro, recentemente o prefeito Firmino aprovou a Pl 190/2018 (lei municipal aprovada para extinguir o serviço como o Uber e 99) deixando nítido que seu compromisso é com os empresários da STRANS e SETUT. Afinal são contribuintes diretos da campanha eleitoral dele.
Retomar as experiências de lutas do contra o aumento da passagem de 2011 e combater o imobilismo e oportunistas .
No ano de 2011 em Teresina foi marcado com uma luta histórica dos estudantes e trabalhadores. Foram 30 mil pessoas nas ruas. A população barrou o aumento com o uso de táticas combativas e o rompimento com setores oportunistas. Ao todo foram uma semana de intensos protestos que culminaram em 30 ônibus quebrados e alguns queimados.
No final dos protestos, no entanto setores oportunistas tomaram para si o direito de representar a população e se reuniram a portas fechadas com o prefeito e as empresas de transporte fazendo um acordo pelo congelamento da passagem estudantil com o mesmo preço (acordo que descumprido anos depois) afrouxando os conflitos. Após o “Contra o Aumento” de 2012, Cássio Borges, Enzo Samuel (ambos do PCdoB) e Deolindo (PT), se lançam candidatos a vereador, usando da luta autônoma do povo, para garantir um lugar no governo.
Desde aquela época sabemos que a saída é não esperar o ataque. O nosso contra-ataque precisa ser articulado com a população com muito trabalho de base para que exista na nossa cidade um fórum pelo passe livre permanente. Enquanto existir um monopólio de grandes empresas de ônibus que financiam campanhas eleitorais haverão políticos e conselhos defendendo seus interesses ano após anos.
Nesse momento precisamos combater organizações imobilistas que querem levar a luta apelando para uma justiça que nunca fez nada por nós, ou para reuniões de portas fechadas com o prefeito, é preciso ir às ruas e sermos combativos, mobilizando o máximo de trabalhadores\as estudantes.
Esse combate deve culminar com nosso fortalecimento enquanto povo, para que se forje o poder necessário para exigir da elite políticas e empresarial as condições mais dignas que nos tiram: queremos política urbana de qualidade, bem-estar pro trabalhador que faz sua rotina usando transporte público, direito a lazer na cidade e passe-livre. É preciso construir uma organização independente de partidos eleitoreiros que querem transformar nossas reivindicações em palanque. A tarefa dessa organização é discutir a situação do transporte nos bairros, escolas e universidades, unindo nossos esforços, lutando contra o aumento da passagem e exigindo passe livre para estudantes e trabalhadores/as
Se não baixar a passagem vai ter rebelião!
Passe-livre ou rebelião!
É barricada! Greve-geral! Ação direta é que derruba o capital!
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