Trabalhadores(as) da Educação do Rio Grande do Sul estão em Greve desde segunda-feira (18). Até agora já são mais de mil escolas paralisadas contra a proposta de reforma do governador Eduardo Leite (PSDB). A guerra contra o governador se iniciou com uma grande manifestação de educadores, estudantes e outras categorias do funcionalismo público no dia 14 de novembro, um dia depois de Leite encaminhar o pacote de reforma que ataca profundamente o plano de carreira dos professores do estado e outras categorias do funcionalismo público.
Porém, este foi apenas o estopim da luta. O magistério estadual gaúcho está numa situação precária já faz tempo. São 5 anos sem reposição salarial, defasado em 102% com relação ao Piso Nacional do Magistério, um dos piores salários do magistério em todo o Brasil. Além disso, os professores estão há 47 meses recebendo seus salários com atrasos e em parcelas!
A nova proposta do governo estadual irá aprofundar o arrocho salarial, congelar proventos e atacar os direitos previdenciários. O projeto prevê o fim da incorporação de gratificações na aposentadoria, um brutal achatamento da carreira e o congelamento de salários por tempo indeterminado, além da taxação de aposentados(as) que ganham menos.
Diante desta situação, trabalhadores(as) decidiram entrar em greve reivindicando salário em dia, reajuste e o fim dos ataques do governador Eduardo Leite. Outras categorias também sinalizaram a intenção de somar-se à luta a partir do dia 26 de novembro.
A FOB-Florianópolis se solidariza com a greve dos trabalhadores(as) da Educação no RS, reafirmando que apenas com luta e solidariedade podemos resistir e avançar na guerra contra a exploração e a dominação.
A melhor forma de apoiar os lutadores gaúchos é intensificar a luta em Santa Catarina. Os trabalhadores da educação catarinense também têm muito a reivindicar para o governo Moisés (PSL). Não recebemos o piso nacional da categoria, nosso vale-alimentação está sem reajuste há anos, não temos direito à gratuidade no transporte para o trabalho e as medidas que a Secretaria de Educação prioriza são a flexibilização do currículo, o fechamento e a militarização das escolas.
Uma grande luta unificada pode transformar a realidade educacional no sul do país! É hora de fazer de cada escola uma trincheira!
SOLIDARIEDADE À GREVE DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DO RS!
É GUERRA CONTRA LEITE E MOISÉS! SÓ A LUTA MUDA A VIDA!