Solidariedade às vítimas da Vale em Brumadinho (MG)

Por Rede de Mídia Classista (RMC/FOB)

Uma barragem da mineradora multinacional Vale rompeu na tarde desta sexta-feira em Brumadinho (Minas Gerais), causando uma avalanche de lama e rejeitos de minério de ferro que soterrou parte da comunidade da Vila Ferteco, área rural do município. A empresa criminosa Vale informou que, no momento do crime, havia 427 trabalhadores da empresa no local. Segundo dados do Corpo de Bombeiros pelo menos 9 pessoas morreram. Foram resgatadas com vida 189 pessoas, mas os bombeiros estimam cerca de 355 pessoas desaparecidas: entre 100 e 150 na área administrativa situada nas proximidades da barragem que rompeu; 30 na região da Vila Ferteco; aproximadamente 35 na Pousada Nova Estância; e entre 100 e 140 na região do parque das cachoeiras. As perdas de vidas animais e da biodiversidade vegetal são imensas. Mais um revoltante capítulo de nossa histórica de genocídio e ecocídio realizados pelas elites saqueadoras e assassinadas!

Os interesses do projeto neoextrativista do PT/PMDB possuem agora uma política de continuidade e aprofundamento pelo governo Bolsonaro (PSL) que fala com todas as palavras de garantir acima de qualquer coisa os lucros das burguesias nacional e internacional: garantir lucro a custo de extinção de comunidades, exploração de trabalhadores, impactos socioambientais. Os Governos de Minas Gerais são também responsáveis pela flexibilização do licenciamento ambiental para o funcionamento das barragens, assim como lucra com o gerenciamento dessas empresas, através da arrecadação do Fundo de Pensão e articulações do BNDES.

Para lutar contra isso, são necessárias a auto-organização e resistência dos povos e comunidades atingidas pelos projetos extrativistas/neodesenvolvimentistas e o rompimento com a via eleitoreira e reformista! Para barrar os assassinatos no campo e na cidade, para impedir o avanço da política burguesa, é necessário a união pela base e pela luta dos movimentos indígenas, estudantis, sindicais, comunitários, camponeses. Vivemos um momento decisivo de ataques profundos aos direitos do povo. Por outro lado se torna um momento fundamental para reorganizar a luta classista e combativa!

Lutar pela garantia de terra, moradia e uma vida livres da mineração!

Greve geral contra o fascismo de Estado e pelos direitos do povo!

Reconstruir o sindicalismo revolucionário!

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