Em 24 de maio de 2017, 10 camponeses foram executados por 29 policiais na Fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, Pará a mando do latifúndio. Mais uma chacina no campo brasileiro, onde a marcha fúnebre nunca parou.
A Fazenda Santa Lúcia está no radar dos conflitos no campo desde 2013, quando camponeses ocuparam a fazenda. Originalmente, terra do Estado, a fazenda se transformou, através” em propriedade de Maria Inez Resplande de Carvalho, víuva do ex-dono Honorato Babinski, com histórico de ameaças contra camponeses. Residente em Goiás, a criminosa grilheira Maria Inez, dias após o massacre quis justificar a morte de 10 pessoas com a seguinte declaração: “A gente espera que a pessoa que está cumprindo um crime, vá se entregar. É isso que a gente espera.”.
Durante o massacre, os 25 ocupantes foram submetidos à tortura e 10 acabaram executados, entre eles, a única mulher, a líder da Associação dos Trabalhadores Rurais de Pau D’Arco Jane Júlia de Oliveira torturada na frente de seus companheiros.
Três anos depois, os assassinos aguardam o julgamento em liberdade, em mais uma página de impunidade para os genocidas do campo brasileiro. Segundo a CPT em levantamento realizado em 2019, 92% dos assassinatos no campo realizados desde 1985, se encontram sem solução. De cada 5 mortes, 2 são no Estado do Pará, palco da chacina de Pau D’Arco. Em 2019, foram 32 mortes em todo o campo brasileiro em conflitos pela terra, com o Pará liderando a lista.
A FOB relembra os companheiros assassinados em Pau D’Arco e reafirma a sua posição contra o latifúndio pela construção de uma aliança Campo – Cidade por Saúde, Teto, Trabalho e Terra. Construir o socialismo passa por destruir a propriedade da terra.
Terra para quem nela vive e trabalha!
Terra e Liberdade!!
0 thoughts on “Três anos da Chacina de Pau D’Arco, PA. Não Esquecemos, Não Perdoamos!”