Comunicado da RECC sobre o Dia de Luta dos Estudantes
Em 28 de Março é celebrado o Dia Nacional de Luta dos Estudantes. Esta data homenageia o secundarista Edson Luís de Lima Souto que, em 1968, foi assassinado pela Polícia Militar, no Rio de Janeiro, durante uma manifestação que reivindicava melhorias na alimentação, diminuição no preço e término das obras do Calabouço, restaurante estudantil, foco de grandes mobilizações. Fora o primeiro estudante que tombou morto diante da ditadura, o primeiro de muitos.
Em decorrência desta data, a RECC todos os anos realiza em diversas cidades do país a Semana Nacional Classista e Combativa, para manter viva a memória do camarada Edson Luís e de todos aqueles que foram perseguidos, torturados ou assassinados enfrentando a sanguinária ditadura civil-militar da burguesia.
Após 31 anos do fim da ditadura, o governo Dilma/PT acaba de sancionar a lei 13.260, conhecida como a lei antiterrorismo, que prevê de 12 a 30 anos para o crime de terrorismo, 5 a 8 anos por auxílio a organização terrorista, dentre outras punições para atos cometidos com a finalidade de “provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”, abrindo uma lacuna para criminalizar ações públicas na luta por direitos.
Além da proximidade das Olimpíadas no RJ, um fator importante para a aprovação da medida foi a pressão de um organismo internacional, o GAFI (sigla em francês para Grupo de Ação Financeira), criado em 1989 para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento de terrorismo. O não cumprimento das diretrizes do GAFI poderia incluir o Brasil em uma espécie de lista negativa que classifica as transações financeiras do país como de “alto risco”.
Para garantir os altos investimentos da burguesia, salvaguardados pelas políticas de austeridade fiscal contra o povo, o Estado endurece seu aparato jurídico para legitimar a prática já constante de reprimir os segmentos lutadores do povo. O Terrorismo no Brasil é praticado pelo próprio Estado, através da violência policial contra o povo pobre, negro e periférico, o que deixa claro que a lei antiterrorismo é uma reação política das classes dominantes contra a insurgência popular.
Nessa conjuntura, a principal tarefa do povo é opor uma resistência ativa à retirada de direitos, ao ajuste fiscal e ao aumento da repressão militar.Para isso, é necessário desenvolver mecanismos de segurança nas manifestações, assembleias, greves e ocupações, para resguardar os lutadores da perseguição policial e da delação dos traidores.
Longe das disputas entre a burguesia pelo controle do aparelho estatal, é preciso romper com o parlamentarismo ou com a conquista do Estado como estratégia de luta, através das eleições burguesas(como insistem os reformistas) e defender a construção de organizações populares autônomas em relação às políticas dominantes, para combater o avanço do Estado de exceção sobre as organizações e ações dos movimentos populares com independência e combatividade. Lutar e organizar com base na Ação Direta!
O ESQUECIMENTO É A MORTE, EDSON LUÍS VIVE EM NOSSA LUTA!
CONTRA A LEI ANTITERRORISMO, SÓ AÇÃO DIRETA!
Acesse aqui este Comunicado da RECC em forma de panfleto: Dia do Estudante
Que bosta de texto, cada duas linha o cara mete o pal na burguesia que carrega o país nas costas. Pagam 40% DE IMPOSTOS, conseguem fazer o capital girar, geram empregos, entre outros.
Quem faz esse tipo de texto realmente precisa fazer uma ação direta, comece lavando a louça da pia, depois saia de sua bolha e vá fazer a diferença positiva para alguém.
Os trabalhadores produzem toda riqueza deste país, não a burguesia. Que tal sugerir à burguesia que ela própria “lave sua louça” ao invés das trabalhadoras domésticas e garçons?
Se o texto atingiu os defensores da burguesia, estamos no caminho certo!