Cartilha | Construindo o Movimento Estudantil Classista e Combativo

Essa cartilha não é uma solução mágica ou acabada para a formação política militante. Aqui os camaradas encontrarão algumas informações sobre a história da RECC (Rede Estudantil Classista e Combativa), métodos de trabalho de base, resolução e prevenção de problemas, formas de organizar a resistência e a luta, dentre outras.

A formação política militante é uma atividade permanente. Ninguém nasce um militante formado e nunca se chega a um estágio acabado, há sempre o que aprender. Um militante com um domínio e clareza maior do programa, da organização e da ética militante se forma no interior da organização e pelas experiências de luta.

O compartilhamento de saberes é muito importante numa organização horizontal e federalista, pois o poder e as decisões vêm da base e não de líderes iluminados. Portanto, essa cartilha é uma ferramenta que busca incluir todos os filiados em suas diversidades e dificuldades, nivelando os saberes e práticas para auxiliar o trabalho de organização e luta coletiva dos estudantes pelos seus direitos.

Essa cartilha é voltada principalmente para os estudantes que estão iniciando sua militância no movimento estudantil classista e combativo. Aqui partimos do princípio de que “onde há opressão, também há resistência”. O militante revolucionário sempre se opõe a uma opressão real, não atua por conveniências ou facilidades. A história demonstra que a luta coletiva nos contextos mais difíceis foi essencial para a conquista de direitos.

O militante, consciente de sua missão histórica e estratégica, nunca deve admitir que a luta é impossível. Não deve pretender lutar sozinho, organizado coletivamente é possível desenvolver, com paciência e persistência, grandes movimentos.

A indignação individual é fundamental, mas ela só terá força de contestação real se estiver organizada em coletivo; e sua força será tão maior quando se transformar em organização e ação de massas. Com o passar do tempo o isolamento só leva a frustração, a acomodação e ao medo, e o sistema é quem ganha.

Infelizmente, muitas iniciativas de grupos autônomos e combativos no Brasil são meramente locais, não se lançam a tarefa de nacionalização ou massificação local, interpretam a ação direta como mera “violência pontual”, morrem por desagregação interna sem deixar grandes legados ou aparecem apenas nos momentos de ascensão das lutas, sempre reativos à conjuntura, mas sem determiná-la por sua ação criadora.

Essa cartilha serve para inspirar a todos que decidiram romper a apatia e as formas limitadas de resistência e partir para a ação e organização revolucionária das massas estudantis em todo Brasil.

Boa leitura!

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