Alex Lopes, jovem Guarani Kaiowá, é assassinado em Coronel Sapucaia (MS)

Alex Lopes, jovem Guarani Kaiowá, é assassinado em Coronel Sapucaia (MS)

Alex Recarte Vasques Lopes, de 18 anos, Guarani Kaiowá foi assassinado ao coletar lenha numa área próxima à reserva Taquaperi. Seu corpo foi levado para o lado paraguaio da fronteira, que fica a menos de dez quilômetros dos limites da reserva indígena. O município de Coronel Sapucaia, separado da cidade de Capitán Bado, no Paraguai, tem um histórico de violência de fazendeiros contra lideranças do povo Guarani Kaiowá. Entre 2007 e 2009 foram assassinadas três importantes lideranças do tekoha Kurusu Amba, também localizado no município: a rezadora Xurite Lopes, em 2007,  e as lideranças Ortiz Lopes, também em 2007, e Oswaldo Lopes, em 2009 – todos até hoje impunes. A violência no campo nunca cessou no país. Os Guarani Kaiowá da região vivem uma situação de confinamento e cerco cada vez maior em virtude do aumento do poderio do agronegócio nos últimos 30 anos.  A TI Taquaperi, criadas ainda pelo Serviço de Proteção ao Índio (SPI) na região sul do Mato Grosso do Sul, ainda no início do século XX, teve seu tamanho original reduzido de com 3.600 hectares para apenas 1.777 hectares. Essa apropriação de metade do território da TI Taquaperi, onde vivem cerca de 3.300 indígenas, dificulta a cada dia o modo de viver dos nossos irmãos.

RETOMADA: AÇÃO DIRETA PARA GARANTIR JUSTIÇA E SEU TERRITÓRIO

O povo Guarani Kaiowá se rebelou  contra mais uma perda de um jovem e retomou a fazenda vizinha a Terra Indígena (TI) Taquaperi onde Alex foi assassinado. Os indígenas denominaram a retomada de Tekoha Jopara. Em seguida o Departamento de Operações de Fronteira (DOF), tropa de defesa dos interesses do agronegócio, cercou o território e isolaram as comunidades da região. Os camaradas Guarani e Kaiowá cobram apuração do assassinato e teme ser alvo da violência de policiais e fazendeiros. A situação de extrema violência foi o que motivou os Guarani e Kaiowá a realizarem a retomada, conforme relata uma das lideranças da comunidade, não identificada por razões de segurança. A injustiça com perda de seus territórios e parentes foi o estopim para que a comunidade de Taquaperi realizassem pela primeira vez uma retomada.

Todo apoio e solidariedade ao povo Guarani Kaiowá!

Pela Retomada dos Territórios Indigenas!!

Por Terra e Liberdade!!

Pela Aliança do Campo e da Cidade!!

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