Por SIGA-RJ
No dia 15 de agosto, militantes e ativistas realizaram um ato de repúdio a violência racista a que foi submetido o jovem negro Matheus Fernandes, de 18 anos que trabalha como entregador, no dia 6 de agosto. Os manifestantes antirracistas confeccionaram cartazes e faixa com a palavra de ordem “Racistas não passarão”. Palavra de ordem que ecoou várias vezes durante o protesto.
Os manifestantes aproveitaram o sinal de trânsito fechado para expor os cartazes e a faixa denunciando o racismo. Muitos transeuntes expressaram apoio ao protesto.
Esse foi o segundo ato de repúdio ao racismo nas portas do shopping Ilha Plaza, o primeiro ocorreu no dia 11 de agosto e foi organizado por entregadores, companheiros de profissão de Matheus.
Relembre o caso
No dia 6 de agosto, Matheus foi até a loja Renner do shopping Ilha Plaza com o objetivo de trocar um relógio.
Foi jovem negro foi acusado de roubo e agredido por dois PMs, Gabriel Guimarães Sá Izaú e Diego Alves da Silva, que estavam à paisana e trabalham como consultores de segurança do shopping.
As agressões foram filmadas por outros clientes que questionaram os agressores, exigiam que a violência parece, se revoltaram contra mais um ato racista e foram solidários ao Matheus.
Imagens publicadas nas redes sociais mostram Matheus na escada de emergência do shopping, imobilizado por um dos PMs. Um vigilante uniformizado do shopping também aparece no momento da abordagem, mas ele não impediu as agressões.
Fascistas! Racistas, não passarão!
A agressão racista sofrida pelo Matheus é parte da estrutura racista da dominação capitalista a que somos submetidos. Os casos de violência racista se multiplicam no Brasil e no mundo.
O racismo estrutural, que se materializar cotidianamente na violência racista, no genocídio do povo negro, nas desigualdades raciais, é um dos pilares de sustentação da exploração e da opressão burguesa.
A luta antirracista é uma luta contra o sistema de dominação e exploração capitalista. Não é possível se dizer antirracista e não lutar contra o capitalismo.
Por isso, defendemos a Greve Geral Contra o Genocídio do Povo Negro!