Núcleo estudantil do Sindicato Geral Autônomo – DF (SIGA), filiado à FOB.
O dia 28 de Março 1968 retoma a mente do setor estudantil combativo como um marco de uma data que não iremos esquecer nem perdoar. Falamos do assassinato de Edson Luís de Lima Souto! O estudante secundarista, advindo de Belém –Pará, com apenas 17 anos de idade, foi morto pela força militar repressora do Estado brasileiro, enquanto participava de uma manifestação contra as más condições do Restaurante Calabouço na cidade do Rio de Janeiro e o aumento do preço. Edson Luís recebeu um tiro de um comandante, no peito e foi a óbito no local. Dia de muito sofrimento e luta solidária em diferentes locais no Brasil. A ditadura civil militar, que, oficialmente durou de 1964 a 1985 deixou milhares de mortos, muito além dos números oficiais. Entre estudantes universitários, secundaristas, camponeses, periféricas/os, quilombolas e indígenas, são centenas com mortes forjadas ou dadas como desaparecidas/os. No dia da morte de Edson Luís as/os estudantes presentes no local não deixaram a polícia levar o corpo e seguiram em caminhada com ele até um a Santa Casa de Misericórdia da cidade. Ainda hoje sofremos com práticas repressoras muito usadas nesse período nojento da história do nosso país. NÃO ESQUECEMOS NEM PERDOAMOS!
Resistencia e Luta
Mesmo diante de todo esse passado e presente de tormentos violentos por parte do Estado, sobretudo a partir da polícia militar e exército, a conjuntura política-educacional atual no Brasil e no Distrito Federal é de avanços conservadores, opressores e genocidas. Bolsonaro – PSL, como presidente, e Ibanês – MDB (partido presente na ditadura), como governador do DF, constroem cotidianamente os governos inimigos do povo. De reforma da previdência a ordem policial para matar partindo do federal, a corte de passe estudantil e militarização das escolas no regional. Não podemos ficar paradas/os observando esses crimes contra o povo.
Edson Luís lutou e morreu por causas que ainda hoje precisamos lutar, não estão asseguradas de fato. Acesso real a serviços básicos garantidos pela Constituição vigente ganha cada vez mais tom de letras mortas. Nossa tarefa é a busca de vida digna a todas/os que como classe trabalhadora com seus vários setores e desafios internos tem o direito de usar do que produz e é negado a grande parcela dessa mesma. Vários pedreiros/as não têm onde morar, não conseguem o aluguel segurar. O segurança do prédio tá preocupado com o aumento do aluguel, tem gente morando na rua, morrendo buscando teto e terra, mas há vários prédios vazios e seus donos devendo impostos para o governo. A/o estudante necessitado e mesmo o de dentro da assistência estudantil sente cada vez mais o terror psicológico e insegurança na universidade. Se a bolsa não cai, atrasa, ou não abrem mais vagas, é grande a chance de voltar para casa.
A história como um todo, em diferentes lugares do mundo e nos nossos locais de vida, estudo, trabalho, demonstra que só a luta muda à realidade que atormenta. E as mudanças mais profundas são erguidas após um processo árduo, mas firme de construção pelas bases, com coletivismo e solidariedade. Sejamos mais uma base da classe trabalhadora enquanto estudantes nascidos, presentes e ou solidários na prática com ela.
Avante juventude combativa!
A luta é que muda o resto só ilude!
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