Videoteca

VIDEOTECA SINDICALISTA REVOLUCIONÁRIA

A Videoteca Sindicalista Revolucionária são algumas indicações de filmes e documentários que contribuam para a formação dos militantes que atuam no movimento sindical, popular e estudantil. Muitos filmes escolhidos já foram utilizados em formações políticas internas e atividades abertas de “cine-debate”, comuns e necessários em nossa luta diária. A difusão dessa videoteca tem como objetivos ajudar na formação individual dos militantes e ajudar as organizações sindicalistas revolucionárias a escolher filmes para suas atividades, quando assim for necessário. Os filmes estão organizados em ordem alfabética.

Avante! Estudar, Trabalhar e Lutar pela libertação dos trabalhadores!

 

A Batalha do Chile – Patricio Guzmán, 1978-1980 [DOCUMENTÁRIO]

A Batalha do Chile é justamente considerado o melhor documentário latino-americano de todos os tempos. Justamente. No total, são quatro horas e meia de História com H grande, centrada na luta dos trabalhadores, nas conquistas da sua revolução e na resistência ao fascismo. Mas nenhuma das três partes que compõem A Batalha do Chile são filmes de arquivo: tudo foi filmado no momento e no local. O operador de câmara Jorge Müller Silva foi sequestrado pela polícia de Pinochet durante as filmagens e é um dos 3000 chilenos que continuam desaparecidos.

 

A Batalha de Argel – Gillo Pontecorvo, 1966

A Batalha de Argel, banido em dezenas de países e censurado em quase todos. A magnum opus de Pontecorvo não se comociona com o falso humanismo burguês nem cede à vertigem infanto-militarista do esquerdismo. Num corte de direcção geniais e com actores tão hábeis que muitos espectadores acreditaram tratar-se de um documentário,  mergulhamos numa das mais sangrentas revoluções da História e somos forçados a colocarmo-nos de um dos lados desta brutal barricada, opção que os oprimidos nunca tiveram. Nenhuma outra narrativa cinematográfica descreve de forma tão vívida e detalhada a revolta dos povos colonizados.

 

A Greve – Sergei M. Eisenstein, 1925

A primeira longa-metragem de Eisenstein faz os filmes mudos coevos parecerem anémicos. A Greve é uma obra de arte tão original como arriscada, que define já a finura de Eisenstein e, por corolário lógico, a genética do cinema moderno. Ao contrário de muitos outros filmes mudos da época, os actores não precisam de exagerar as expressões faciais para compensar com histrionismo a incapacidade de falar. Eisentein consegue tudo por todos os meios. Através de colagens, ângulos de câmara loucos, rápidas sequências entrecortadas e efeitos especiais, ficamos a conhecer a miséria dos operários russos, as suas reivindicações, a sua corajosa luta e, por fim, a sua brutal supressão.

 

As Vinhas da Ira – John Ford, 1940

O clássico de Steinbeck encontra uma justa homenagem nesta adaptação de John Ford. As Vinhas da Ira conta a história de uma família de camponeses que, expulsa pelos latifundiários das terras onde viviam e trabalhavam, é forçada a uma longa viagem rumo à Califórnia em busca de trabalho. Pelo caminho, encontram a fome e a discriminação, mas também a solidariedade, a consciência de classe e a dignidade.

 

Antifa, Caçadores de skins – Marc-Aurèle Vecchione, 2008 [DOCUMENTÁRIO]

Documentário sobre o surgimento e ascensão do movimento Antifa, focando especialmente nas ruas de Paris e nos grupos de combate, tal como os Red Warriors.

 

A 13ª Emenda – Ava DuVernay, 2016 [DOCUMENTÁRIO]

Documentário que discute a décima terceira emenda à Constituição dos Estados Unidos – “Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado” – e seu terrível impacto na vida dos afro-americanos.

 

A Corporação (The Corporation) – Mark Achbar e Jennifer Abbott, 2004

A partir da polêmica decisão da Suprema Corte de Justiça americana concluindo que uma corporação, aos olhos da lei, é uma “pessoa”, são analisados os poderes das grandes corporações no mundo atual. A exploração da mão-de-obra barata no Terceiro Mundo e a devastação do meio ambiente são alguns dos fatos explorados, que entrevistam presidentes de corporações como a Nike, Shell e IBM, além de Noam Chomsky, Milton Friedman e Michael Moore.

 

A partir de agora, as jornadas de junho no Brasil – Carlos Pronzato, 2014 [DOCUMENTÁRIO]

Realizado a partir de entrevistas com ativistas de cinco capitais brasileiras, o material não é apenas uma ferramenta para o debate e a compreensão das Jornadas de Junho, mas também um instrumento de organização da luta política, característica marcante da militância audiovisual de Carlos Pronzato, que também dirigiu, entre outros, “O Panelaço – a rebelião argentina” (2002) e “Carlos Marighella – Quem samba fica, quem não samba vai embora” (2011).

 

Batismo de Sangue – Helvécio Ratton, 2007

Na cidade de São Paulo, no final da década de 1960, o convento dos frades dominicanos torna-se uma das mais fortes resistências à ditadura militar vigente no Brasil. Movidos por ideais cristãos, os frades “Tito”, “Betto”, “Oswaldo”, “Fernando” e “Ivo”, passam a apoiar logistica e politicamente o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado à época por Carlos Marighella.

 

Calabouço – Um tiro no coração do Brasil – Paulo Gomes Neto e Geraldo Sardinha [DOCUMENTÁRIO]

Um documentário sobre o Calabouço, o Restaurante Central dos Estudantes, em 1968, foi o cenário onde se desenrola o estopim das grandes manifestações estudantis que abalaram a ditadura instalada em abril de 1964 no Brasil.

 

Che – Steven Soderbergh, 2008

O Che dizia que numa revolução, se for verdadeira, ou se triunfa ou se morre. As duas partes deste filme revelam a crueza da guerra revolucionária, para lá de quaisquer fantasias esquerdistas. Benicio del Toro converte-se em Guevara com tanta arte que nada nas suas palavras, nos seus trejeitos ou mesmo na sua aparência física o denuncia. Che é uma sublime e original lição de humanidade, que salpica com generosidade e comunismo os mais ínfimos detalhes de uma guerra tão sangrenta e brutal como cada vez mais necessária.

 

Com Vandalismo – Coletivo Nigéria, 2013 [DOCUMENTÁRIO]

“SEM VANDALISMO!” repetiam gritando parte dos manifestantes que ocuparam as ruas de Fortaleza. Mas na multidão das manifestações, que explodiram no Brasil em junho de 2013, outros grupos empregaram métodos mais diretos. Tachados de “vândalos”, foram criminalizados por parte da grande mídia, antes mesmo de serem ouvidos. Este documentário vai à “linha de frente” para registrar os confrontos e entrevistar os manifestantes para mostrar as motivações dos atos de desobediência civil.

 

Deu n’A Plebe – A greve geral anarchista de 1917 – Fernando Puccini, 2007 [DOCUMENTÁRIO]

O documentário contextualiza a greve geral e sua força motriz ideológica, o Anarquismo, relatando e analisando a importância dessa ideologia para o Movimento Operário brasileiro da República Velha.

 

Estado de Sítio – Costa-Gavras, 1972

Costa-Gavras foi um dos realizadores mais politicamente comprometidos do século passado. E também um dos melhores. Em Estado de Sítio, o génio grego explora as brutais consequências do imperialismo norte-americano nos regimes sul-americanos. Com Yves Montand e Renato Salvatori nos papéis principais, o filme segue o grupo de guerrilha urbana durante o sequestro e interrogatório de um dirigente da CIA. Baseado no sequestro de Dan Mitrioni pelos Tupamaros uruguaios, Estado de Sítio foi apedrejado pelos críticos de cinema dos EUA que o acusaram de propagandear mentiras sobre o envolvimento dos EUA na promoção de ditaduras na América do Sul. Um ano mais tarde, a CIA oferecia o Chile para abate a Pinochet.

 

Lamarca – Sérgio Rezende, 1994

O lendário capitão Carlos Lamarca (Paulo Betti) abandona sua família e a carreira militar para tornar-se um guerrilheiro na luta contra a ditadura, comandando importantes ações de expropriação de bancos, justiçamentos, sequestros, treinamento guerrilheiro e liderando conflitos contra as forças militares.

 

Libertárias – Vicente Aranda, 1996.

Nos primeiros dias da Guerra Civil Espanhola uma jovem freira que foge do convento, conhece um grupo de militantes da organização feminina sindicalista revolucionária “Mujeres Libres”. Ela as acompanhará e viverá os rigores da guerra civil espanhola de 1936. O filme é importante na divulgação do papel crucial das mulheres e de um feminismo classista que aspirava à libertação integral da mulher dentro do processo revolucionário, onde deveria ter um papel protagonista.

 

Machuca – Andrés Wood, 2004

Chile, 1973. Dois rapazes são unidos pela amizade e separados pelas classes sociais. Este é um filme sobre a adolescência, com toda a esperança e violência que ela comporta e, por isso mesmo, a melhor lente sobre a História recente do Chile. Mas Machuca é muito mais do que uma rara janela para a experiência socialista de Allende e uma crítica à podridão da burguesia que engendrou Pinochet. É por direito, um dos melhores filmes chilenos alguma vez produzidos.

 

Nestor Makhno, un campesino de Ucrania – Hélène Chatelain, 1996.

Hélène Chatelain, la directora del documental Néstor Makhno, un campesino de Ucrania , narra los avatares del movimiento libertario makhnovista y recoge los testimonios de historiadores y de familiares de los protagonistas que después de haber sido silenciados durante los años del terror comunista recobran la palabra y recuerdan lo que el poder quiso silenciar.

 

1900 (Novecento) – Bernardo Bertolucci, 1976

1900 é inigualável. Os campos da Emília-Romanha são a tela para a metáfora acabada do que foi o século XX, onde dois rapazes e duas classes sociais crescem e aprendem, separados por interesses inconciliáveis. Cada fotografia deste filme é um quadro repleto de beleza; todas as actuações, de Gérard Depardieu a Robert de Niro, são brilhantes; a música, de Ennio Morricone, é sublime. 1900 fala sobre a génese do fascismo, a vida dos que trabalham e a luta pelo socialismo na linguagem comum de toda a humanidade: o amor, o ódio, a compaixão e a solidariedade.

 

Outubro – Sergei M. Eisenstein, 1927

Estreado no quadro das comemorações do 10º aniversário da Revolução de Outubro, o filme Outubro é uma revolução em si próprio: a abordagem à teoria da montagem de Eisenstein desconstrói a formalidade narrativa do cinema convencional e introduz a edição e a pós-produção como meios de alcançar a dialética. Esteticamente tão arrojador como o período histórico que retrata, Outubro definiu para sempre o imaginário mundial da revolução socialista russa.

 

O Leopardo – Luchino Visconti, 1963

O Leopardo é por direito próprio um dos melhores filmes de sempre. Mas o grande épico de Visconti não esconde uma visão marxista da sociedade, dividida por classes e movida pela guerra que as opõe. É uma magnífica aula sobre História da Itália do século XIX, e principalmente a transição e conciliação das burguesias em ascensão com as classes dominantes feudais. É da obra literária e do filme que saiu a famosa frase: “É necessário que tudo mude para que tudo fique como está”.

 

Os Companheiros – Mario Monicelli, 1963

Monicelli pintou em Os Companheiros um fresco sobre as lutas sociais na Itália do fim do século XIX. Numa fábrica de Turim, um acidente laboral com contornos criminosos é a última gota para os trabalhadores. Uma espiral de repressão e resistência leva os humaníssimos operários a subir a parada para um nível que surpreende tanto o patrão como o espectador. Mas o mais original é a fluidez do guião, o sentido de humor que Monicilli injecta em todas as cenas e a desentorpecida imperfeição como que todos os personagens (com destaque para Marcello Mastroianni) se movem por temas sérios.

 

O Ódio (La Haine) – Mathieu Kassovitz, 1995

O Ódio é um murro no estômago. Nesta Paris já não mora Amélie Poulain. Nesta França não há gente bonita a sonhar acordada entre os cafés dos anos sessenta, os jardins renascentistas e os apartamentos Haussmann. O Ódio é uma viagem com os excluídos da sociedade francesa, os que cheiram mal e não gostavam da escola. Não paternaliza nem idealiza, limita-se a seguir e a escutar os embaixadores da racaille, que cometem pequenos crimes, enfrentam os neonazis e o desprezo da sociedade, mantêm alguns dos diálogos mais autênticos do cinema francês e, contra todas as expectativas, sonham.

 

Pão e Rosas – Ken Loach, 2000

Motivada pelo sonho de vencer na América, a jovem mexicana Maya (Pilar Padilla) deixa para trás seu país para encontrar-se com sua irmã Rosa (Elpidia Carrillo), que trabalha como faxineira em um prédio comercial de Los Angeles. Conseguindo um trabalho na mesma empresa da irmã, as duas fazem parte de uma legião de estrangeiros que são explorados pelos patrões e ignorados pela sociedade. Quando conhece o americano Sam (Adrien Brody), um apaixonado ativista sindical, Maya adquire consciência de classe e se engaja em uma campanha guerrilheira em defesa dos direitos trabalhistas. Os patrões, por seu lado, resistem às ameaças e cultivam o medo da extradição que impera entre os estrangeiros ilegais. Pão e Rosas conta a história da comunidade mais marginalizada dentre todas as outras de Los Angeles e sua ousadia de enfrentar o patronato em total condições de inferioridade.

 

Pequeno Grão de Areia – Jill Freidberg, 2005 [DOCUMENTÁRIO]

O documentário retrata a luta dos professores de Oaxaca no México e como a destruição da educação é, muitas vezes, um projeto articulado a partir de diretrizes internacionais. Alunos, pais e professores fizeram passeatas contra a privatização das escolas técnicas, exigência do Banco Mundial e FMI, o Governo respondeu fechando-as de imediato. Quando os professores e alunos ocuparam escolas, foram presos e torturados em prisões de segurança máxima. Centenas de professores ainda estão mortos ou desaparecidos no país.

 

Patagônia Rebelde – Héctor Olivera, 1974

Trabalhadores agrupados, de tendência sindicalista revolucionária e aderida à FORA (Federación Obrera Regional Argentina), decidem pela greve, exigindo melhores condições de trabalho. O tenente-coronel Zavala, a mando das tropas enviadas pelo governo federal, consegue mediar um acordo entre trabalhadores e patrões. Estes não cumprem com o que fora acordado e assim estala uma nova greve, seguida por uma brutal repressão, que incluiu o fuzilamento de aproximadamente 1500 trabalhadores.

 

Panteras Negras – Mario Van Peebles, 1995

Oakland, Califórnia, 1967. Huey Newton (Marcus Chong) e Bobby Seale (Courtney B. Vance) são camaradas, que formam uma organização revolucionária dedicado em proteger os negros das violentas arbitrariedades dos policiais brancos. O Partido dos Panteras Negras pela Autodefesa dá almoço grátis para as crianças, educa a comunidade afro-americana em se conscientizar dos seus direitos, faz o que pode para tirar das ruas os traficantes de drogas e enfrenta a polícia de Oakland (que é extremamente racista) quando desrespeita os direitos civis dos negros.

 

Queimada – Gillo Pontecorvo, 1969

 Um provocador inglês enviado à ilha fictícia de Queimada para incitar uma revolta de escravos contra o colonialismo português. Os ingleses servem-se dos sentimentos independentistas dos escravos para se apropriarem eles próprios do comércio do açúcar, mas a revolta dos escravos ganha pernas próprias e prova-se difícil de controlar. Marlon Brando é irrepreensível no papel de William Walker, um cínico mercenário inglês que compreende demasiado bem a lógica do lucro e a desumanidade do colonialismo para lhes ser indiferente.

 

Reds – Warren Beatty, 1981

Esta mega-produção de Hollywood entra no décimo lugar da lista pela porta grande da sétima arte. Não sei o que neste filme é mais apaixonante: as inspiradoras actuações de Jack Nicholson, Diane Keaton, Maureen Stapleton e, sobretudo Warren Beatty no papel de John Reed (o jornalista americano que no calor da Revolução de Outubro escreveu Os Dez Dias que Abalaram o Mundo)? Ou o brilhante guião que nos transporta aos loucos anos 20, às eternas discussões e contradições da esquerda e ao mais relevante acontecimento histórico do século XX? Ou as adoráveis entrevistas a uns improváveis e brilhantes velhinhos americanos?

 

Revolução dos cocos – National Geographic, 1999 [DOCUMENTÁRIO]

A Revolução dos Cocos ou Revolução de Bougainville (1988 – 1997) foi um conflito armado entre o governo da Papua-Nova Guiné e o movimento pela independência da ilha de Bougainville (a maior das Ilhas Salomão) que acaba por dividir-se em várias facções em guerra uma com as outras (cada uma representando um clã). Nesse movimento, um grupo de mineiros formou o Exército Revolucionário de Boungainville (ERB) e deu início a uma rebelião separatista. A guerra terminou com um acordo de paz mediado pela Austrália e o reconhecimento da província autônoma pelo governo central. O conflito é muitas vezes considerado como uma guerra esquecida porque é pouco conhecida, apesar de seu alto custo de vida devido à repressão do governo, cerca de 20.000 pessoas (10% da população local antes do conflito)

 

Sacco e Vanzetti – Giuliano Montaldo, 1971

Sacco e Vanzetti é uma arma carregada de heroísmo. A história dos dois anarquistas italianos condenados à cadeira eléctrica por um tribunal estado-unidense é surpreendente e apaixonante. O compromisso político e a simpatia pela causa dos anarquistas é assumida frontalmente do princípio ao fim, sem cair na caricatura nem na propaganda. Ennio Morricone e Joan Baez oferecem o melhor das suas longas carreiras à banda sonora deste filme que devia fazer parte da educação política de todos nós.

 

Spartacus – Stanley Kubrick, 1960

A pergunta já foi repetida milhões de vezes e em todas as línguas: “Quem é Spartacus?”. E os que lutam estão condenados a ter que dar a mesma resposta: “Eu sou Spartacus”. Não é mentira. Spartacus somos todos os humilhados e ofendidos desde o escravo da Trácia, que há dois mil anos deu guerra aos ricos e poderosos. Apesar de inserido no índex negro dos filmes pró-omunistas, Spartacus conquistou quatro óscares da Academia e derrotou a censura do McCarthismo. É um épico histórico que honra o romance homónimo de Howard Fast com um guião brilhante e um elenco de luxo, liderado por Kirk Douglas.

 

Terra e Liberdade  – Ken Loach, 1995

Após a morte de seu avô, uma adolescente decide vasculhar seus documentos e descobre que ele era um veterano da Guerra Civil Espanhola. Durante sua juventude, David (Ian Hart) se juntou ao Partido Comunista e logo se aliou ao POUM (Partido Obrero de Unificación Marxista). Ele deixou a Inglaterra para lutar contra os fascistas na Espanha em 1936, vendo seus sonhos e ideologias serem postos à prova.

 

Tempo de Resistência – Regina Barros e Rita Chichitoste [DOCUMENTÁRIO]

A luta guerrilheira contra a ditadura militar nos anos 60 e início dos anos 70, a partir do ponto de vista de seus integrantes na época. Uma avaliação real do que foi a resistência armada no Brasil em seu período mais crítico, com todos seus erros e acertos.

 

Tempos Modernos – Charlie Chaplin, 1936

Tempos Modernos retrata Chaplin empregado em uma linha de montagem. Lá, ele é submetido a tais indignidades como sendo forçado por uma “máquina de alimentação” avariada e uma linha de montagem acelerada onde ele parafusa uma taxa cada vez maior em peças de maquinaria. Ele finalmente sofre um colapso nervoso e corre, deixando a fábrica no caos.

 

Um Poquito de Tanta Verdad – Jill Freidberg, 2007 [DOCUMENTÁRIO]

No verão de 2006 explode um levante popular massivo no estado de Oaxaca, no sul do México. O documentário Un Poquito De Tanta Verdad acompanha esse fenômeno sem precedentes que teve lugar quando dezenas de milhares de professores, donas de casa, comunidades indígenas, trabalhadores da saúde, camponeses e estudantes se apoderaram de 14 emissoras de rádio e de uma emissora de televisão, utilizando-as para organizar, movimentar e finalmente defender sua luta por justiça social, cultural e econômica.

 

Uma História de Amor e Fúria – Luiz Bolognesi, 2013

A trama da animação situa-se em quatro períodos da história do Brasil: 1500, quando o país foi invadido pelos exploradores portugueses, 1800, nas lutas contra a escravidão e na Balaiada; 1970, na luta guerrilheira contra a ditadura e no futuro em 2096, quando haverá uma guerra pela água. O filme narra o amor entre Janaína (Camila Pitanga) e o guerreiro indígena (Selton Mello) que, quando morrer, terá a forma de um pássaro. Durante seis séculos, a história do casal sobrevive através desses quatro momentos da história do Brasil.

 

Ver-te-ei no inferno – Martin Ritt, 1970

Pensilvânia, 1876, um detetive infiltra-se como ativista no grupo Molly Maguires, sociedade secreta que atua dentro da associação dos trabalhadores das minas e que ameaça os donos de minas com terrorismo, sabotagem e ação direta.

 

Ventos de Liberdade – Ken Loach, 2006

Irlanda, 1920. Os trabalhadores do interior do país se organizam para enfrentar os esquadrões britânicos que chegam para sufocar o movimento pela independência. Cansado de testemunhar tanta brutalidade, Damien (Cillian Murphy), um jovem estudante de medicina, abandona tudo para juntar-se ao irmão Teddy (Padraic Delaney), que já aderiu à luta armada. Quando as táticas não-convencionais dos irlandeses começam a abalar a supremacia dos soldados britânicos, o governo se vê forçado a negociar e os dois lados discutem um acordo de paz. Nesse momento, na Irlanda, aqueles que estavam unidos pela independência se dividem entre os que são a favor e os que são contra o acordo, deixando os irmãos em lados opostos de uma nova guerra, agora interna.

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