Por SIGA-RJ
Diogo Xavier, 16 anos. Henrico de Jesus, 21 anos. Thiago Freitas, 21 anos. Lucas Costa, 19 anos. Gabriel Alves, 18 anos. Margareth Teixeira, 17 anos.
O que eles tem em comum, além do fato de serem jovens pretos e pobres?
Foram assassinados pela política genocida de Wilson Witzel (PSC), governador do Estado do Rio de Janeiro.
Nos últimos dias, as manchetes foram inundadas com pais e mães chorando a morte de seus filhos assassinados pela política de confronto da Polícia Militar do RJ. Em alguns casos, houve tentativa de incriminação dos chacinados pela PM, como no caso de Diogo, que foi encontrado pelo avô com um tiro na cabeça.
O Estado do Rio de Janeiro está hoje sob uma guerra dos aparatos militares e paramilitares contra a população pobre, trabalhadora e negra. Batalhões como o 41º realizam operações diárias em favelas do RJ levando o terror à população. Por outro lado, a Mílicia, braço extragovernamental, domina bairros inteiros levando o terror à população.
Precisamos enfrentar esse quadro de maneira firme. No Brasil, existem dois caminhos para os jovens pobres: Morte ou Encarceramento. Segundo o Atlas da Violência, 56% das mortes violentas na última década entre 2006 e 2016 foram de jovens de 15 a 19 anos. 56% também o número de presos que tem a idade entre 18 a 25 anos no sistema carcerário brasileiro.
Nossa juventude é assassinada e encarcerada por políticas que a enxerga como potencial inimiga dos donos do poder. Essa política genocida precisa acabar. Devemos retomar as histórias de resistência e colocá-las em prática. Transformar cada favela num foco de resistência e denuncie contra a violência policial e o encarceramento em massa. A organização por local de moradia é extremamente importante nesse contexto, para que coletivamente, os pobres e favelados possam resistir à esse cotidiano de violência e chacina.
O Sindicalismo Revolucionário, através de suas organizações, está do lado do povo e saúda os que lutam.
Pais e Mães não devem mais chorar.
Devemos transformar nossa dor em luta.
Nossas lágrimas em sonhos.