Ocorreu em Teresina, dia 29 de novembro a III marcha da periferia com o tema: O povo que viver ,a periferia contra o racismo , a politica de repressão e morte. Diferente do ano anterior que ocorreu na periferia de Teresina ,na região norte da cidade , esse ano a marcha da periferia se concentrou no centro da cidade ,no parque da cidadania , o local foi escolhido por motivo da criminalização constante praticada pelos guardas municipais contra a população da periferia que frequenta o parque.
Outro ponto de reivindicação da marcha foi contra o projeto lagoas do norte onde a prefeitura usa a falácia que o projeto é pra revitalizar a zona norte de Teresina, mas o plano de fundo desse projeto e´ retirar as famílias das suas moradias para atender os interesses dos grandes empresários, que querem construir seus negócios nessa região, que é bem localizada , ficando perto o centro da cidade de Teresina .
Construir A via combativa
Cada dia fica mais claro que existe uma guerra aberta contra a população da periferia, mortes causadas pela policia militar nas periferias, encarceramento em massa de jovens pobres. A esquerda institucional (PT, PSOL e PcdoB ) estão cada vez mais em processo degeneração , votaram a favor do pacote anticrime do ministro da justiça Sergio moro, que fortalece a politica de prisão em massa e o assassinatos de jovens pobres nas periferias. Nesse sentido se faz mais que necessário a auto-organização da periferia para construir núcleos de resistências , contra todos esses ataques . A Federação das Organizações Sindicalistas Revolucionárias do Brasil( FOB) faz um chamado(1) para construir unidade entre os setores revolucionários e as organizações de base em todo o Brasil ,a FOB propõem::
Construção de brigadas e comitês de agitação e propaganda pelo FORA BOLSONARO nas cidades e no campo, com panfletagens, pichações, colagens, intervenções e atividades de base que coloquem na ordem do dia das maiorias exploradas e oprimidas a necessidade de derrotar nas ruas esse governo neofascista;
Intervenção nas manifestações contra o governo Bolsonaro como Blocos Autônomos e Combativos, para se diferenciar da esquerda institucional, do bloco socialdemocrata/reformista e do oportunismo eleitoral, além de construir a partir da unidade dos setores revolucionários um calendário de lutas independente das burocracias traidoras e corruptas, rompendo com a lógica de domesticação das direções sindicais e estudantis das entidades oficiais;
Ampliar os organismos de base do povo pobre e da classe trabalhadora baseados em um programa mínimo reivindicativo (em defesa do trabalho, moradia, terra, educação, meio ambiente, saneamento, transporte e contra a brutalidade policial, o terrorismo de Estado, a carestia da vida, etc.), radicalizando e relacionando as lutas, apontando uma saída revolucionária para a crise, como parte de um projeto popular e revolucionário capaz de construir uma alternativa de poder, para repartir a riqueza e por fim a esse regime de exploração e opressão;
Organizar brigadas de autodefesa popular e militante, convocando todos e todas lutadores e lutadoras do povo dispostos/as; Essas brigadas deverão tratar da preparação dos militantes prevendo possíveis conflitos, se preocupar com a segurança dos envolvidos e garantir atividades de preparação física e defesa pessoal;
Convocar uma Greve Geral construída pela base, por fora e contra as burocracias sindicais e estudantis, adotando táticas insurrecionais, a ação direta, a sabotagem, a paralisação da produção, dos serviços e da circulação de mercadorias contra os ataques neoliberais aos diretos do povo, o genocídio do povo negro nas favelas e periferias, os ataques contra os povos indígenas, camponeses pobres e em defesa do meio ambiente;
Construir o Congresso do Povo, baseado em assembleias populares e delegados eleitos pelos organismos de base do povo (grupos de trabalhadores/as, ocupações, LGBTs, povo negro, camponeses pobres, mulheres do povo, estudantes, indígenas, associações comunitárias, grupos de favela, juventude pobre, etc.) como um instrumento de contrapoder e em oposição ao congresso nacional reacionário e demais poderes constituídos, e instância de construção da Revolução Brasileira, do Socialismo e do Autogoverno Popular.
Ousar lutar, ousar vencer”
FOB – Federação das Organizações Sindicalistas Revolucionárias do Brasil
RMC – Rede de Mídia Classista
1 link do comunicado : FORA BOLSONARO! PODER PARA O POVO | Um chamado à ação direta e à unidade dos setores revolucionários . https://lutafob.wordpress.com/2019/11/11/fora-bolsonaro-poder-para-o-povo-um-chamado-a-acao-direta-e-a-unidade-dos-setores-revolucionarios/