Justiça por Emilly e Rebeca! Exigimos justiça por todas as vítimas do terrorismo do Estado!

Justiça por Emilly e Rebeca! Exigimos justiça por todas as vítimas do terrorismo do Estado!

Por Sindicato Geral Autônomo do Rio de Janeiro – SIGA-RJ

Na tarde de domingo, dia 6 de dezembro, os familiares, amigos, moradores da favela Barro Vermelho e diversos militantes de movimentos populares, favelas e periferias, realizaram um ato no centro da cidade de Duque de Caixas, Baixada Fluminense, exigindo justiça pelo assassinato das primas Emilly Victoria da Silva Moreira Santos, 4 anos, e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, 7 anos.

Emilly e Rebeca estavam brincando na porta de casa na sexta-feira, dia 4 de dezembro, por volta das 20h30, na favela Barro Vermelho, localizada em Jardim Gramacho, quando foram assassinadas por um tiro de fuzil disparado por policiais militares do 15º Batalhão da PMRJ.

A assessoria da PMRJ relatou que policiais faziam um patrulhamento na localidade quando ouviram os disparos. Mas essa versão foi desmentida pelos familiares e moradores da favela, afirmaram que os únicos na região eram os policiais militares e somente eles poderiam ter efetuado o disparo que matou as meninas.

Genocídio do povo negro durante a pandemia

A guerra de extermínio do povo negro e morador das favelas e periferias avançou durante a pandemia. A máquina assassina do Estado foi responsável pelo assassinato de 3.148 pessoas foram no primeiro semestre de 2020 (no ano passado foram 2.934), sendo que cerca de 75% das vítimas são negras. As forças de repressão do Estado do Rio de Janeiro mataram, entre janeiro e outubro de 2020, 882 pessoas, em sua maioria negros, moradores das favelas e periferias.

Em 2019 foram seis crianças assassinadas: Jenifer Silene Gomes, de 11 anos, Kauan Peixoto, de 12 anos, Kauã Rozário, de 11 anos, Kauê Ribeiro dos Santos, de 12 anos, Agatha Félix, de 8 anos, Ketellen de Oliveira Gomes, de 5 anos.

Greve Geral Insurgente contra o Genocídio do Povo Negro!

Emilly e Rebeca foram vítimas da mesma guerra de extermínio responsável pelo espancamento até a morte de Nego Beto, assassinado por dois seguranças da multinacional Carrefour no mês passado. Trata-se do terrorismo do Estado burguês imposto pelo sistema de exploração e opressão capitalista, patriarcal e supremacista branco. Portanto, o genocídio do povo negro chegará ao fim com a destruição do Estado e do Capital.

Nossa luta anticapitalista, antipatriarcal e antirracista tem que assumir as dimensões para a construção de uma Greve Geral Insurgente contra o Genocídio do Povo Negro! Temos que assumir a estratégia da ação direta, da sabotagem, da paralisação da produção, dos serviços e da circulação de mercadorias. Convocar atos semanais de massa, exigindo a desmilitarização das favelas e periferias, a punição imediata dos culpados e o fim das polícias militares!

Justiça para Emilly e Rebeca!

Greve Geral Insurgente contra o Genocídio do Povo Negro!

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