Lançamento do boletim “Combate”!

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Lançamos a segunda edição do boletim “Combate”, que agora representa o núcleo da FOB em Parnaíba. Baixe <aqui> ou confira as matérias na íntegra:

UMA MUDANÇA NECESSÁRIA
Ainda no passado, começamos a publicar o boletim “Combate” em Parnaíba. Naquela época, ele circulou como veículo de propaganda do Coletivo Autonomia e Luta (CAL) da UFPI. Após intenso trabalho de base, propaganda, debates, formações políticas e participação em atos e manifestações, a FOB em Parnaíba cresceu. Por conta disso, hoje o “Combate” representará todas as organizações filiadas à FOB na cidade. Por ele, levaremos a voz de milhares de trabalhadoras, trabalhadores e estudantes que aqui tentam sobreviver. O espaço também está aberto para grupos e organizações independentes, isto é, que não possuem ligações com partidos, políticos, governos e patrões.

SOBRE A GREVE DOS PROFESSORES DA FID
Desde o mês de Novembro do ano passado, professoras e professores do curso de História da Faculdade Internacional do Delta (FID), em Parnaíba, estão em greve. Nada mais justo, uma vez que os salários, já baixos, acumulam-se em consecutivos atrasos. Imagine só, trabalhar o mês inteiro e não receber seu salário! Como pagar as contas, que só aumentam na medida em que não são pagas? Como se alimentar? Como garantir a própria sobrevivência assim? É impossível!
Precisamos lembrar ainda da coragem destes docentes que, mesmo em uma faculdade particular, ousam lutar para garantir mínimas condições de trabalho, dando um grande exemplo de combate pelo que é nosso por direito.
Ao nosso ver, a causa disso está na ganância desenfreada dos tubarões da educação, que ganham rios de dinheiro por meio de programas como o FIES, e mesmo assim, não querem pagar seus funcionários!
Podemos observar que em outras crises desse tipo no Brasil, as faculdades são arrendadas por um grupo de empresários da educação ainda maior, que geralmente substituem o curso presencial por EAD. Os estudantes precisam ficar atentos, para que não se deixem enganar pelo processo de precarização do trabalho e da educação!
Diante disso, deixamos aqui nossa solidariedade e disposição para colaborar neste processo, dando nosso incondicional apoio a já histórica greve dos professores da FID!

ESTUDANTES DA UFPI PODEM NÃO RECEBER BOLSA ESSE ANO
A realidade da Universidade Federal do Piauí, campus Parnaíba (agora em processo de se tornar UFDPar) é de clima sempre instável. Vindo de uma sequência de cortes nos trabalhadores terceirizados e na assistência estudantil que já não é suficiente para a realidade dos estudantes, chega como um balde de água fria com o corte total da BAE (Bolsa de Auxílio Estudantil) para esse semestre.
Esta bolsa, de valor ainda baixo de 400 reais, serve como suporte para que diversos estudantes possam sobreviver, ainda que com dificuldades, enquanto enfrentam a jornada acadêmica. O processo de mudança de universidade acontece sem transparência, com um grande foco em construir prédios cheios de laboratórios e elevadores, mas nenhum interesse em garantir a permanência dos estudantes da classe trabalhadora na universidade.
Entendemos isso como um nítido processo de elitização da universidade, que é nossa. Sem bolsas, os filhos e filhas de trabalhadores e trabalhadoras dificilmente poderão continuar seus estudos, uma vez que as bolsas garantem que discentes não dividam-se entre algum trabalho de meio expediente (geralmente recebendo pouco e trabalhando muito) e os estudos.
Precisamos portanto lutar pela garantia dos auxílios estudantis, pela garantia da nossa permanência nesse espaço e a dos futuros estudantes. Precisamos construir uma Universidade a serviço do povo!

GREVE NA UESPI!
Entra ano, sai ano e a Universidade Estadual do Piauí continua sofrendo com sucateamento e corte de verbas. O governador Wellignton Dias( PT) está propondo uma nova reforma admirativa para tirar ainda mais da educação, levando a UESPI para o fundo do poço. Professores e estudantes estão construindo uma greve, para defender seus direitos.
No dia 27 de março em Assembleia da Adcesp, os docentes optaram pela greve no dia 18/03 e na primeira semana de aula haverá mobilizações. Nós da RECC defendemos uma greve dura, e autônoma, construída por professores e estudante. Mas não podemos esquecer da greve de 2016, quando os alunos foram totalmente silenciados por pessoas que também participavam da greve, dizendo que as pautas estudantis eram “supérfluas”.
Nosso apoio a greve é inconteste, mas lembramos da necessidade de unidade das pautas, e para que episódios como o ocorrido em 2016 não mais aconteçam. Enquanto estudantes, precisamos apontar que estamos sofrendo cortes de bolsas estudantis e de programas de auxilio estudantil como o PIBIC PIBEU; além disso, cortes no auxilio alimentação e moradia. Até mesmo as monitorias remuneradas não existem mais. Isso significa que a UESPI fechará as portas para estudantes pobres, ou que moram em outras cidades; Muitos passam o dia todo na UESPI sem nem mesmo alimentação. Vivemos em situação de abandono, com desumana crueldade. Precisamos urgentemente propor ações e mobilizações, para conquistarmos e assegurarmos nossos direitos!
A UESPI, que deveria ser uma referência como polo de produção de conhecimentos é totalmente sucatedada: Desde Novembro de 2018 não temos material de limpeza, algumas salas de aula sem ar condicionado, carteiras quebradas, os carros, com documentos atrasados, não possuem sequer verba para o combustível. Nossa biblioteca, que deveria estar sempre atualizada, é defasada quanto aos materiais oferecidos, com pesquisas obsoletas e técnicas em desuso desde a muito tempo.
No dia 01 de março houve uma Assembleia com os estudantes, algo que gerou supressa foi uma Assembleia discente sendo convocada por professores. Nela, foi decidido que as pautas estudantis seriam colocadas junto a dos professores. Essa foi uma decisão dos alunos justamente pelo fato das pautas estudantis serem sempre colocadas como segundo plano.
A educação sempre é atacada pelos parasitas do povo, a nossa força é enorme, todos os direitos da classe trabalhadora, estudantil e das mulheres foram conquistados pelo povo com ação direta e organização, com muita luta, não foi nenhum algoz de livre e espontânea vontade que sancionou uma lei, foi a organização da classe trabalhadora cobrando por direitos que conseguiu alcançar suas reinvindicações politicas.

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DA FOB EM PARNAÍBA:
14.03.2019: Recepção dos calouros da UFPI + Debate sobre o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora
15.03.2019: Formação política sobre o Sindicalismo Revolucionário
16.03.2019: Aula-treino do Comitê de Autodefesa das Mulheres e LGBTs

CONSTRUIR A FOB É CONSTRUIR UM NOVO FUTURO!
A Federação das Organizações Sindicalistas Revolucionárias do Brasil – a FOB (ex-Fórum de Oposições pela Base) é uma organização que reúne organizações de base, profissional e ocupacional de acordo com o seguintes ramos: Ramo da Educação, Ramo Estudantil, Ramo do Serviço Publico Federal, Ramo da Industria de Transformação e Ramo Agropecuário e Ambiental. As oposições ou organizações de base é um tipo organizativo informal que se opõe à tutela estatal e empresarial sobre o movimento estudantil, sindical e popular, tendo estrutura de organização e objetivos próprias que negam qualquer tipo de ingerência do legalismo, corporativismo e colaboracionismo.

Assinam o boletim: Comitê de Propaganda da RECC no Piauí; Coletivo Autonomia e Luta (CAL-UFPI) ; Rede Mídia Classista (RMC) ; Federação das Organizações Sindicalistas Revolucionárias do Brasil (FOB) – Núcleo Piauí

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