Não temos tempo para ter medo – nota sobre o 7 de setembro

Não temos tempo para ter medo – nota sobre o 7 de setembro

Por Sindicato Geral Autônomo do Rio de Janeiro, SIGA-RJ/FOB

O 7 de setembro foi marcado por atos pró-governo e antigoverno. Nós do Sindicato  Geral Autônomo do Rio de Janeiro, SIGA-RJ/FOB, fomos para as ruas convocando a população a se organizar e seguir firme na construção da luta popular. Estivemos presentes no Grito dos Excluídos que, em seu 27º ano, reuniu movimentos sociais com as pautas de participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já! Foi uma mobilização nacional de luta popular em defesa da vida e do povo que mais sofre.

Por outro lado, nos recusamos a participar do dia 12 de setembro junto a grupos ligados aos empresários, que não defendem os interesses do povo e que até bem pouco tempo estavam do lado de Bolsonaro. MBL, Livres e o Movimento Vem Pra Rua são financiados por capitalistas liberais, defensores de pautas que pioram as condições de vida da classe trabalhadora. São oportunistas da pior espécie, riem e desprezam o povo, mas querem posar de bons-moços/boas-moças para conseguir votos nas eleições. Com esses setores nunca estaremos lado-a-lado, pois são inimigos do povo.

Ainda no dia 7 de setembro, grupos pró-governo também convocaram atos. Eles tiveram  grande mobilização nas redes sociais. Porém, vimos que nas ruas ocorreram com menor força, apesar da grande quantia de dinheiro usada pela ala bolsonarista para bancar as manifestações e muitos dos manifestantes em todo o Brasil. Os bolsonaristas defenderam intervenção militar e instalação de uma ditadura.

O Grito dos Excluídos, mobilização que sempre ocorre por livre iniciativa popular, esse ano teve menor adesão que o esperado. Esse protesto deveria ter tido maior peso e combatividade, dada a sua real potência e a necessidade de combater seriamente a ameaça de golpe fascista.  Parece que a propagação dos discursos de medo, divulgados por alguns setores, foi apelativo e afastou muita gente das ruas. Talvez uma parcela tenha apenas ignorado o que os que são de luta sempre alertam e repetem: o fascismo combatemos nas ruas.

Dias após os atos do 7 de setembro, grupos bolsonaristas ainda tentaram organizar um lock out (paralisação financiada pelos empresários) dos caminhoneiros. Entretanto, perderam força e o Bolsonaro teve de recuar em relação ao seu discurso mais radical. Esse recuo, mesmo que temporário, mostra que é avançando que damos passos para a sociedade mais justa e igualitária que desejamos e precisamos urgentemente. Mostra que não podemos aceitar o discurso do medo.

Ameaças não nos intimidam e estaremos sempre prontos a lutar por vida digna. Esse é o caminho: nunca será recuar ou sair das ruas, que é do povo, não de fascistas financiados por uma elite. Nós da classe trabalhadora precisamos estar atentos aos que fazem discursos de recuo da luta propagando o medo. Nós seguimos nas ruas, na luta, organizados em nossos locais de trabalho, moradia e estudo, com coragem e princípios firmes.

Ir ao combate sem temer! Ousar lutar! Ousar vencer!

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