Nota de repúdia contra as 35 sindicancias na UNESP – Marília

Comunicado nº2 da Ação Direta Estudantil (ADE) – Filiada a RECC/FOB

Na noite de ontem (05/07/17), 35 militantes ativos da esfera política do M.E. de Marília, entre estudantes regulares de graduação e pós-graduação, foram notificados, através de um e-mail institucional, sobre uma reunião com a Direção da FFC nesta tarde (06/07/2017). O corpo da mensagem não descriminava o motivo do chamado encontro, ao se fazerem presentes, nossos companheiros foram informados da continuidade de seus processos de sindicância, abertos em 2015 por razão de um piquete realizado pelo M.E. da FFC em apoio às ocupações escolares de 2015 e pelas pautas de Permanência Estudantil.

Tal piquete foi deliberado nas instâncias válidas e reconhecidas do M.E., em Assembleia Geral dos Estudantes no dia 03/12/2015 – anterior ao dia do piquete –, aprovado devidamente pelos estudantes a partir das necessidades de luta pontuadas pelas bases. Agora, quase dois anos após o ocorrido, em um momento de novo acirramento das disputas e conflitos políticos da faculdade, a Direção volta a ameaçar os estudantes com processos de sindicância que podem resultar em sua perda de vínculo com a própria instituição, além da perda de bolsas acadêmicas e de permanência e a suspensão de suas atividades regulares para com a instituição. Esse processo, levado a portas fechadas desde sua abertura, foi uma das principais pautas do movimento de Greve e Ocupação de 2016, que exigia seu cancelamento imediato. Da maneira tão comum ao burocratismo universitário, a Direção da FFC informou não ter conhecimento do andamento desses processos, negando qualquer conhecimento de causa sobre os fatos relacionados a esse. Agora, após a organização estudantil contra a repressão policial no Campus e os atos da Greve Geral dos dias 28/05 e 30/06 – ambos compostos pelo bloco de estudantes da UNESP – a Direção volta a adotar a tática de intimidação direta sobre nossos camaradas.

Manifestação dos estudantes da UNESP em solidariedade aos 35 estudantes perseguidos políticos (13/07/2017)

A criminalização da luta estudantil, dos estudantes organizados e da ação direta através da intimidação, de processos institucionais e assédio moral é um sempre presente na vida dos que se colocam em luta. Mais uma vez, os estudantes combativos da FFC são chamados às barricadas da luta por nossa resistência na universidade. É necessário, nesse momento, compreendermos que tais ações repressivas não são isoladas ou terminadas em si, mas parte de um processo político que atravessa os anos e vem ganhando balanço nas lutas populares. O piquete de apoio às ocupações escolares de 2015 – que se colocavam contrárias à nefasta reorganização escolar do governo PSDB do Estado – e às pautas de permanência, não é uma criação local de uma vanguarda descolada das bases estudantis, a Ação Direta é uma forma de luta histórica do trabalhador contra os ataques burgueses impostos de cima para baixo.

Cabe compreendermos nosso lugar no corpo estudantil da universidade e, para além disso, na sociedade de classes: somos estudantes e membros da classe trabalhadora. Enquanto tanto, somos frequentemente chamados a defender aqueles que se põe ao lado da luta do proletariado. Aqueles que na universidade se põe ao lado das lutas por Permanência – moradia, alimentação, etc. – merecem nosso apoio e solidariedade em todo seu processo de lutas. É chegado o momento dos estudantes da FFC compreenderem que, aos ataques institucionais aos nossos, devemos apresentar respostas contundentes, enérgicas e baseadas na Ação Direta. É preciso organizar os estudantes para combater a repressão institucional e garantir a continuidade da luta estudantil na faculdade. A chamada de atos de protesto, trancaços e piquetes se comprovam, historicamente como formas efetivas da resistência estudantil e trabalhista. Se, em algum momento, é necessário superar o imobilismo e o burocratismo estudantil para garantir a continuidade de nossa luta, a hora é chegada!

A chamada para Assembleia Estudantil, dia 12/07/2017, é parte integrante desse necessário momento de organização dos estudantes. É nesse espaço que podemos nos fazer presentes e pensar, coletivamente, as saídas combativas para os Estudantes. Esse não é o momento de escondermo-nos nas inefetivas esquinas do burocratismo, mas sim de organizar a luta direta e combativa dos nossos pelos nossos. É o momento de paralisar a faculdade, de ocupar seus espaços e de não retroceder, nem mesmo um passo, na defesa de nossos camaradas. Somente a organização estudantil por via da ação direta pode garantir a efetividade e a vitória de nossas lutas. O momento é de ação , cabe a nós tomarmos em nossas mãos as lutas que nos pertencem, sem medo da repressão de nossos inimigos, que só visam nos desarticular e silenciar.

SÃO 30 ANOS SEM DITADURA E A REPRESSÃO AINDA CONTINUA!
NINGUÉM FICA PRA TRÁS, MEXEU COM UM MEXEU COM TODOS!
LUTAR NÃO É CRIME!

ASSINAM ESSA NOTA:
Ação Direta Estudantil – RECC/FOB
Nós Por Nós – Santa Catarina – RECC/FOB
Oposição Classista Combativa e Autônoma – Mato Grosso do Sul – RECC/FOB
Oposição Combativa Classista e Independente ao DCE da UNB – Distrito Federal – RECC/FOB
Oposição Classista Combativa e Autônoma ao DCE da UFG – Goiás – RECC/FO
B
Coletivo Tempo de Luta – Mato Grosso do Sul – RECC/FOB
Coletivo Tempo de Luta – Goiás – RECC/FOB
Coletivo Pedagogia em Luta – Brasília – RECC/FOB
Coletivo Pedagogia em Luta – Goiás – RECC/FOB
Rede Estudantil Classista e Combativa – Rio de Janeiro – RECC
Oposição de Resistência Classista – Distrito Federal – FOB
Oposição de Resistência Classista – Rio de Janeiro – FOB
Aliança Classista Sindical – Rio do Janeiro – FOB
Liga Sindical Operária e Camponesa – LSOC

Liga de Defesa da Educação- LDE

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