Assembleia de professores reúne milhares mas é marcada pelo burocratismo e falta de orientação pra luta

Núcleo sindical de trabalhadoras/es da educação do SIGA-DF, filiado à FOB.

Ontem (14/03) as professoras e professores se reuniram em assembleia geral para debater e deliberar sobre os diversos ataques à educação e aos trabalhadores em âmbito distrital e nacional. A assembleia reuniu mais de 3 mil professoras/es e demonstrou uma importante disposição de luta e revolta contra a militarização das escolas implementada pelo governo Ibaneis (MDB), contra a reforma da previdência e contra o governo Bolsonaro (PSL).

No entanto, a assembleia foi marcada pelo peleguismo e por manobras burocráticas da mesa (formada pelo Sinpro/CUT) que impediu mais uma vez os setores da oposição e da base em falar no carro de som nas míseras 10 falas de avaliação e manipulou as votações de forma a beneficiar a orientação pelega do Sinpro/CUT. Um dos efeitos foi não sair com quase nada de prático e a próxima assembleia geral marcada apenas para junho, quando os ataques à educação e à previdência já estarão em estágio avançado ou já consumados!

Um exemplo: quanto a mesa foi encaminhar a proposta para o dia nacional de luta no dia 22 de março existiam duas propostas, a da diretoria era esperar a decisão das Centrais, a proposta apresentada por uma professora da base era fazer uma paralisação com ato de rua. Ao invés de encaminhar de forma neutra e objetiva a votação a mesa ficou defendendo durante vários minutos a proposta pelega da diretoria do Sinpro, e se utilizaram ainda de uma tática antiga de mudar a ordem da votação e colocar a proposta da diretoria como “proposta 1”, para facilitar a indicação dos votos para as “claques” da diretoria do Sinpro. E assim todas as propostas da diretoria mais uma vez foram aprovadas, como um rolo compressor burocrático.

O que ficou claro mais uma vez é o desperdício do potencial e do protagonismo transformador e combativo das professoras/es do DF em nome de um ultracentralismo e confiança paternal em relação ao Sinpro e à CUT. A greve geral e a luta não é concebida pelo Sinpro como vinda de baixo para cima, mas ao contrário, de cima para baixo. Praticam uma “pseudo-democracia dos especialistas”, não uma democracia direta e da base. A proposta é que nós fiquemos totalmente a mercê das decisões da CUT e do PT, que inclusive estão mais interessada em negociar e se mostrarem dóceis para o governo fascista de Bolsonaro (PSL) do que organizar a luta e a greve geral da classe trabalhadora brasileira. Não podemos aceitar isso!

A seção sindical de trabalhadoras/es da educação do SIGA (Sindicato Geral Autônomo do Distrito Federal e Entorno, filiado à FOB) esteve presente na assembleia distribuindo seu Manifesto de Fundação, defendendo a greve geral pela base e combativa e convocando os presentes na assembleia para o Ato de Lançamento do SIGA que ocorrerá no dia 27/03 (quarta-feira), às 19h, na UnB.

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