Denúncias de trabalhadores da empresa BRBPO, contratada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) manifestam a situação de exploração das trabalhadoras e trabalhadores que atendem aos canais 100 e 180. Os relatos apontam demissões arbitrárias onde os trabalhadores são vencidos pelo cansaço, pressão durante os atendimentos para cumprimento de meta, péssima assistência psicológica, inúmeros casos de assédio moral, vale-alimentação insuficiente e um contrato abusivo para receber premiação por assiduidade.
Os trabalhadores desses canais estão em regime remoto, e atendem diariamente casos absurdos envolvendo violações aos direitos humanos e violências contra a mulher, jovens, crianças, idosos, entre outras populações em situação de vulnerabilidade. Tarefa difícil na manutenção da saúde mental. Apesar disso, o acompanhamento psicológico não corresponde às reais necessidades para a assistência eficaz, resultando no adoecimento mental e corporal. A pressão que eles recebem para ficarem o maior tempo na linha de atendimento nos diversos canais influencia ainda mais no bem-estar e na saúde.
Em tempo de pandemia, crise financeira e alta da inflação que encarece o preço dos alimentos, o vale-alimentação no valor de R$ 13,75 por dia não é suficiente para que esses trabalhadores sustentem suas famílias. As demissões são recorrentes e arbitrárias, onde a empresa banaliza a demissão por justa-causa, e os casos de assédio moral contra as trabalhadoras é regra.
O Ministério da Damares tem se mostrado incapaz de gerir questões relacionadas à dignidade para a vida dos brasileiros. Nas redes sociais a ministra alega que seu gerenciamento conseguiu economizar 29 milhões, num Brasil onde a população preta, indígena, LGBTQIA+, mulheres e crianças sofrem as mais diversas situações vergonhosas e desumanas. E mais uma vez, através de uma empresa contratada, essa situação se repete!
Com o discurso de gerar emprego no entorno do DF, o Ministério contrata uma empresa de baixo custo que paga menos direitos que outros trabalhadores que realizam as mesmas funções. A “economia de recursos” se sustenta na discriminação e sofrimento dos trabalhadores e suas famílias, enquanto políticos e empresários enriquecem. Não mais aceitaremos a situação indigna e imoral que o MMFDH e a empresa BRBPO tratam os trabalhadores que prestam um serviço essencial às populações vulneráveis.
O Sindicato Geral Autônomo (SIGA) se solidariza com as trabalhadoras e os trabalhadores para a organização e o enfrentamento de suas reivindicações. Na maioria dos casos os sindicatos oficiais (SINTEEL e SINDINFORMÁTICA) são omissos com as injustiças dos patrões. Por isso os trabalhadores e trabalhadoras devem se organizar de forma autônoma para exigirem melhores condições de trabalho, valores para a alimentação reajustados segundo à alta da inflação e respeito a suas funções!
BRBPO CHEGA DE EXPLORAÇÃO!
POR JUSTIÇA E DIGNIDADE AOS TRABALHADORES!
PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO E ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES!
- Versão em PDF dos cartazes AQUI
Sindicato Geral Autônomo do DF e Entorno
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