Racistas, não passarão!

RECC-RJ

Foram divulgadas denúncias de racismo cometidas durante jogos universitários no Rio de Janeiro, provenientes de estudantes da PUC, universidade localizada em um bairro de elite e dirigida majoritariamente a estudantes que podem pagar suas altas mensalidades. Aos adjetivos de “macaca” e “bichinha”, ditos durante jogos e nas arquibancadas, foram divulgados em seguida um conjunto de refrões e letras produzidos por estudantes de direito da Puc, com um conteúdo que reflete como o racismo mais asqueroso é impregnado e propagado por pessoas provenientes da elite, desmistificando a fachada de democracia festiva que impera na cidade e em seus eventos.

As letras expõem cruamente o racismo e o machismo mais torpes e violentos como estratégias de rebaixamento social de uma elite conservadora, e também amedrontada. O medo de uma classe ameaçada em seus privilégios e posições contribui para o acirramento dos conflitos e do ódio de classes; para que essa classe ameaçada lance mão, cada vez mais ferozmente, das mais nojentas divisões alavancadas pelo capitalismo. Isso é provocado não apenas pelo gradual agrupamento de grupos raciais e econômicos distintos nas mesmas instituições que o sistema de cotas universitárias proporciona, mas também pela multiplicação de levantes e manifestações ocorridas nos últimos anos pelo povo pobre e negro que tem sua vida constantemente ameaçada e ceifada pelas mãos do Estado, suas forças militares e paramilitares. Quando o povo pobre e negro se levanta, a casa grande treme!

Esse episódio evidencia o que nós, da Federação de Organizações Sindicalistas Revolucionárias, defendemos sobre a composição e o avanço da luta de classes no Brasil. As medidas paliativas e que se propõem a atenuar a discriminação em suas muitas faces no país, em termos de políticas públicas sobretudo no campo educacional, apesar de explicitar as contradições sociais do país, nunca serão capazes de sepultar o racismo e o machismo em uma sociedade de classes. Somente a organização combativa da classe trabalhadora poderá construir uma sociedade sem exploração e sem preconceitos genocidas! Não podemos esquecer que são esses mesmos estudantes de direito da PUC que irão continuar condenando Rafaéis Bragas a milhares, enchendo cadeias e mais cadeias como seus navios negreiros particulares!

AVANTE A LUTA COMBATIVA E O SINDICALISMO REVOLUCIONÁRIO!

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