Foi aprovada, por unanimidade, em Assembleia Geral ocorrida no dia 29 de fevereiro de 2024, a deflagração da greve dos técnico administrativos da Universidade Federal de Pernambuco, com início no dia 11 de março de 2024.
A atividade se soma ao conjunto de greves dos técnicos das universidades e institutos federais do país, colocando-se em defesa do “reajuste salarial”, “recomposição das perdas salariais”, “reestruturação da carreira PPCTAE” e “valorização da Educação Superior”.
De acordo o SINTUFEPE – Seção Sindical da UFPE: “Essa decisão ocorre em um contexto de defasagem salarial de 34,2%, considerando o período do governo Temer até o final do governo Lula 3 (2026 – com base na expectativa de inflação calculada pelo Banco Central), onde as demandas de nossa categoria têm sido ignoradas nas diversas reuniões realizadas entre as direções das entidades sindicais e os representantes do governo nos ministérios”.
O governo federal demonstra na prática qual é a sua prioridade, liberando bilhões para o agronegócio, enquanto corta recursos da educação e nega direitos aos seus servidores.
Apesar de contar com uma importância inegável, de indicar pautas legítimas e de manifestar a bandeira em defesa da Educação Superior, ainda há muito o que avançar nas reivindicações do movimento grevista. É preciso ir além das demandas imediatas da categoria, pautando e reafirmando críticas ao sistema neoliberal que, por sua vez, define os limites dos investimentos e das condições de trabalho nas universidades e nos institutos federais .
Sem situar os ataques às políticas públicas e aos direitos dos seus trabalhadores na atual crise do capitalismo e sem avançar na crítica a esta ordem societária, o movimento em defesa da valorização das universidades e institutos federais não será capaz de representar nada além do que um emaranhado de boas intenções, menos ainda será capaz de reverter o atual quadro de cortes na educação.
É necessário crescer para a unificação da luta, somando-se aos interesses dos docentes e do conjunto da classe trabalhadora, com destaque para profissionais terceirizados das universidades e institutos federais, que não gozam dos mesmos direitos dos demais trabalhadores da educação.
Pela luta unificada dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação!
Pela construção de um sindicato da base e pela base!
Este texto foi escrito pelo Comitê Sindicalista Revolucionário de Pernambuco. Se você mora neste território, não deixe de conhecer a proposta do comitê e construir uma alternativa autônoma para a luta do povo trabalhador. Clique aqui.