1º de Maio: dia de luto e de luta da classe trabalhadora em todo o mundo

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Em 1886 milhares de operários nos Estados Unidos se lançaram à luta por meio da Greve Geral por melhores condições de trabalho e de vida. Eles exigiam a jornada de trabalho de oito horas diárias e foram duramente reprimidos pelo Governo. Por isso, o 1º de Maio foi escolhido como o dia de luta e de luto dos trabalhadores. Para lembrar que os direitos trabalhistas foram conquistados com sangue e suor, para lembrar e homenagear os nossos mártires, e continuar seu legado.

De forma oportunista os empresários e poderosos, fazendo uso dos meios de comunicação, tentam se apropriar dessa data chamando de dia do trabalho, esvaziando seu significado de luta para nossa classe. Contudo, vale lembrar que os empresários e poderosos não trabalham, eles nos roubam, com o apoio do Estado burguês, explorando nosso trabalho.

No Brasil, de um modo geral, a classe trabalhadora faz dessa data apenas um dia de folga da extenuante jornada de trabalho a que somos submetidos. Por sua vez, a burocracia das centrais sindicais reforça o esvaziamento do significado do 1º de Maio com shows despolitizados.

Por isso, é necessário recuperar o real significado do 1º de Maio, seu conteúdo classista, seu espírito de luta.

A origem do 1º de Maio

A “Federação de agrupamentos do Comércio e Uniões de Trabalhadores dos Estados Unidos” decidiu realizar uma Greve geral exigindo a jornada das oito horas de trabalho. Elegeram o dia 1° de Maio de 1886, para início do movimento. Assim, a greve iniciou no dia combinado, contudo no dia 4 de maio ocorreu um grande conflito que resultou em prisões, mortos e feridos.

Dentre os presos estavam oito operários anarquistas que, mesmo sem nenhuma prova, foram incriminados como os responsáveis pelos confrontos. Após pouco mais de um ano de julgamento que ocorreu sem o respeito ao devido processo legal, três foram libertados e os demais foram condenados à morte por enforcamento. Os condenados à pena capital foram: Hessois Auguste Spies, Adolph Fisher, George Engels, Albert R Parsons, Louis Lingg, sendo que Lingg cometeu suicídio na véspera da execução. Os outros três, inicialmente libertados, Michael Schwab, Oscar Neeb e Samuel Fielden foram posteriormente condenados à prisão perpétua.

A injustiça cometida era nítida e mostrava a covardia dos poderosos. Protestos de trabalhadores e trabalhadoras se multiplicaram pelos Estados Unidos e pelo mundo. As mobilizações foram tão grandes que o dia 1º de Maio foi escolhido como o Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras.

Não podemos deixar a memória daqueles e daquelas que lutaram e deram suas vidas pelas causas da classe trabalhadora seja esquecida. Por isso, convocamos todos os trabalhadores e trabalhadoras para o resgate do real significado do dia 1º de Maio: a luta da nossa classe.

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