Plano de saúde e privatização do SUS: presentes de grego aos servidores e serviços públicos

Naquele mesmo dia, acordamos com duas notícias: primeira, a nível federal, o governo Bolsonaro encarregou o Ministério da Economia de um plano de privatização das Unidades Básicas de Saúde – os postos e centros de saúde; segunda, a nível distrital, o governador Ibaneis (MDB) anunciou o “GDF Saúde”, um plano de saúde privado como “presente” aos servidores.

Mas isso é bom, não? Vemos sérios problemas. Estes dois fatos estão diretamente interligados num ciclo vicioso, como demostraremos aqui. E eles se repetem Brasil afora. Dizem respeito tanto aos servidores quanto aos usuários de serviço público. Não é um problema corporativo dos servidores, mas da sociedade.

Valorização do trabalho docente e o boicote ao retorno presencial: a defesa da vida em meio a pandemia no DF

O ofício docente sempre foi trabalhoso e desvalorizado no Brasil. A idealização do passado, com supostos tempos áureos da educação no país, é baseada apenas em raras exceções. De maneira geral, a situação é pior no setor privado, sem importantes conquistas trabalhistas como as alcançadas pelas trabalhadoras e trabalhadores do setor público. As condições de trabalho, que se deterioram ainda mais com a expansão do ensino superior à distância, a contrarreforma trabalhista, e diversas derrotas da classe trabalhadora em nível local, se tornaram insustentáveis no atual contexto de pandemia.